O governo russo acusou hoje os Estados Unidos e a NATO de planearem entregar armas à oposição venezuelana, para derrubar o Presidente eleito, Nicolas Maduro.
A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, disse em Moscovo que os EUA têm planos para deslocar forças especiais para junto de território venezuelano, ao mesmo tempo que procuram encontrar formas de introduzir armas no país, para distribuir à oposição do autoproclamado Presidente interino, Juan Guaidó.
Zakharova disse ainda que o “suposto comboio de ajuda humanitária”, que deverá entrar sábado na Venezuela, pela fronteira colombiana, é um pretexto para uma intervenção militar operada pelos EUA e pela NATO.
“Trata-se de uma provocação perigosa, inspirada por Washington”, disse Zakharova, considerando que o governo norte-americano está a preparar uma ação “para remover do poder o atual Presidente legítimo da Venezuela”.
“Há relatos de que empresas norte-americanas e de aliados dos EUA estão a estudar a compra de grandes quantidades de armas e munições, oriundas da Europa de Leste, para entregar às forças da oposição venezuelana”, disse Zakharova.
Nicolas Maduro mandou já fechar a fronteira terrestre com o Brasil e ameaça fazer o mesmo com a fronteira com a Colômbia, usando o mesmo argumento de Moscovo, ou seja referindo a intenção dissimulada de uma intervenção militar.
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