A produção de biocombustíveis a partir de alimentos avança no mundo, com números assustadores: só nos EUA, 40 por cento da produção do milho serve esta indústria, o que, para a FAO, “seria suficiente para alimentar cerca de 600 milhões de pessoas durante um ano”, lembra Ann Berg.
Nesse sentido, num mundo onde a fome mata, com dramas humanitários em diversas regiões do mundo, torna-se “ridícula” a ideia de desviar os alimentos para gerar biocombustíveis. Ann Berg, em declarações à agência Lusa, aponta medidas drásticas, como o fim dos subsídios que são entregues à indústria produtora de biocombustíveis.
Ann Berg salienta que se trata de uma opinião “pessoal”, e não uma posição formal da FAO, mas realça a gravidade do problema, que se agrava com a subida de preços do milho – 125 milhões de toneladas, nos EUA, são usadas na produção deste tipo de combustível.
“Há pessoas a morrer de fome em todo o mundo”, sublinha Ann Berg, que destaca que a procura de alimentos para servir a indústria fazem pressão sobre os preços de bens de primeira necessidade, aumentando o seu custo.
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