Remessas dos emigrantes em Angola caíram 44 por cento em março para 7,9 milhões

As remessas dos portugueses a trabalhar em Angola caíram 44 por cento em março, para 7,9 milhões de euros, acentuando a tendência de queda que se registou no primeiro trimestre, com uma descida superior a 20 por cento.

De acordo com os dados do Banco de Portugal consultados pela Lusa, os portugueses a trabalhar em Angola enviaram, no primeiro trimestre deste ano, 34,35 milhões de euros, o que representa uma queda de 20,7 por cento face aos 43,35 milhões de euros enviados no primeiro trimestre do ano passado.

Em março, o último mês para o qual há dados disponíveis, os emigrantes enviaram para Portugal 7,93 milhões de euros, o que equivale a uma queda de 44,7 por cento face aos 14,3 milhões que tinham enviado em março do ano passado.

A queda dos valores dos emigrantes portugueses em Angola influencia decisivamente os números para a totalidade dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), fazendo com que haja uma descida nas remessas de 42,1 por cento, de 15,04 milhões em março do ano passado, para 8,7 milhões em março deste ano.

No total dos países a nível mundial, os valores de março são bastante semelhantes aos do mês homólogo, registando-se apenas uma variação negativa de 0,4 por cento nas remessas dos emigrantes, de 277,2 milhões de euros em março de 2017, para 275,8 milhões em março deste ano.

Em sentido inverso, as remessas dos estrangeiros a trabalhar em Portugal subiram 0,3 por cento em março, aumentando de 43,8 milhões para 44,03 milhões de euros.