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Relatório da Fitch traça recessão em 2013 e novo pacote de ajuda a Portugal

Apesar da aplicação das medidas do memorando de entendimento da troika, a agência de rating Fitch prevê recessão em Portugal, em 2013, com a economia a contrair 1,5 por cento. Este relatório da Fitch aponta para a eventualidade de Portugal necessitar de um novo apoio financeiro, se não conseguir regressar aos mercados no segundo semestre do próximo ano.

Segundo as previsões da Fitch, reveladas num relatório divulgado nesta segunda-feira, 2013 trará recessão a Portugal, apesar do rigor da aplicação das medidas inscritas no programa da troika, por parte do Governo.

Não obstante serem levantados fantasmas de recessão para o próximo ano, a Fitch dá nota de diversos factos que permitem acalentar um “otimismo prudente”. Portugal assinala evoluções positivas, sobretudo no que diz respeito ao respeito do compromisso estabelecido no memorando.

A implementação do programa da troika está a decorrer de acordo com o previsto, sem sinais de rutura política no país e sem prejuízo para a coesão social que permite a tranquilidade dos mercados.

A Fitch chama a atenção para “uma série de fatores” que deixa perceber que “o ajustamento económico e as reformas na economia portuguesa revelam sinais promissores”. Acresce que há uma diminuição evidente do défice de conta corrente.

Mas nem tudo são boas notícias para Portugal, já que a agência de rating Fitch denota “desafios” que o país terá peça frente, no ano em curso e nos próximos, num cenário macroeconómico de grande deterioração.

As previsões para 2012 apontam para uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 3,7 por cento e igual tendência em 2013, ainda que de modo mais ligeiro: 1,5 por cento no próximo ano.

Em comparação com as previsões do Governo, estas perspetivas da Fitch são mais negativas. O executivo de Passos Coelho aponta três por cento de défice, para 2012. Recorde-se que também a Comissão Europeia é mais pessimista que o Ministério das Finanças, com 3,3 pontos percentuais de contração do PIB.

Relativamente a 2013, as previsões da Fitch revelam-se também mais pessimistas do que as estimativas do Governo e da troika. Se o executivo prevê crescimento da economia no próximo ano, já aquela agência de notação antevê que Portugal continuará em recessão.

A Fitch alerta ainda para a possibilidade de Portugal necessitar de um novo pacote de ajuda, na eventualidade de não conseguir regressar aos mercados no segundo semestre do próximo ano.

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