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Putin perdoa 90% da dívida de Cuba em nome de uma América “unida e forte”

A América Latina tem de estar “unida, forte, economicamente sustentável e politicamente independente”, afirmou Putin, mas só quando à custa da Rússia. Antes de um périplo a começar por Cuba, o Presidente russo aceitou perdoar 90 por cento da dívida cubana.

Pela módica quantia de 32 mil milhões de dólares, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu uma América Latina “economicamente sustentável e politicamente independente”. Uma independência que, no caso de Cuba, custou os referidos 32 mil milhões de dólares.

A ilha de Fidel devia cerca de 35,2 mil milhões de dólares (ainda do tempo da União Soviética), mas ontem o Kremlin revelou ter aceite um perdão da dívida em 90 por cento. Hoje, Putin chegou a Havana, dando início a um périplo pela América Latina, a tal que pretende “politicamente independente” e com a qual a Rússia deve ter uma “cooperação prioritária”.

“A cooperação com os estados da América Latina é hoje uma das principais direções e de muitas perspectivas na política externa da Rússia”, garantiu o ‘czar’, numa entrevista à agência cubana Prensa Latina: “estamos interessados em uma América Latina unida, forte, economicamente sustentável e politicamente independente, que está se a transformar numa parte importante do mundo multipolarizado e emergente”.

Um mundo que é integrado pelos BRIC, as quatro economias emergentes mais fortes. Uma designação que provém de Brasil, Rússia, Índia e China, mas que tem evoluído: a economia chinesa é já a segunda maior do mundo e o grupo foi ‘reforçado’ com a entrada da África do Sul, mas cuja entrada da Argentina é vetada por Putin.

“A Rússia valoriza o desejo do Governo argentino de se unir aos BRIC. No entanto, a questão de aumentar o número de membros, por enquanto, não está em questão. Primeiro devem ser optimizados todos os vários formatos da cooperação estabelecidos no grupo. Não há critérios rigorosos para que um Estado se uma aos BRIC. A decisão é tomada individualmente”, explicou.

É que o périplo de Putin pela América Latina vai terminar no Brasil, depois de uma passagem pela Argentina, com a participação na sexta cimeira dos BRIC, a 16 e 16 de julho em Brasília e Fortaleza.

Ainda sobre a Argentina, o Presidente russo salientou o “apreço” pelo “diálogo construtivo e de confiança” com a congénere Cristina Kirchner, garantindo que a Rússia dará “atenção especial à intensificação da cooperação tecnológica e de investimento, especialmente nos setores de energia, energia atómica e maquinaria”.

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