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Presidente do Egito eleito com 90 por cento dos votos, mas participação é inferior a 50 por cento

O Presidente do Egito, Abdel Fattah Al–Sisi, venceu com 90 por cento  dos votos as eleições presidenciais desta semana, mas a taxa de participação é inferior a metade dos eleitores, segundo as primeiras estimativas publicadas hoje pela imprensa estatal.

Segundo o diário Al-Ahram, Al-Sisi obteve 92 por cento dos votos e cerca de 23 milhões de pessoas participaram nas eleições, de entre cerca de 60 milhões de eleitores.

O diário estatal Akhbar al-Yaoum e a agência oficial Mena referem números semelhantes.

As eleições decorreram entre segunda e quarta-feira e Al-Sisi tinha a reeleição assegurada após afastar os principais adversários.

A taxa de participação era o principal desafio para o Presidente.

Na quarta-feira, em conferência de imprensa, o porta-voz da Autoridade nacional das eleições, Mahmoud el-Cherif, referiu-se a uma “afluência massiva perante as assembleias de voto”.

Nas eleições de 2014, que decorreram entre 26 e 28 de maio, Al-Sisi, 63 anos, obteve 96,91 por cento dos votos contra Hamdeen Sabahi, com uma taxa de participação de 47,5 por cento segundo os números oficiais, muito contestados pelas oposições que se referiu a uma “farsa”.

Os resultados oficiais só devem ser divulgados na segunda-feira.

Agora, Al-Sisi apenas teve como adversário Moussa Mostafa Moussa, 65 anos, chefe do minúsculo partido liberal Al Ghad, e um fervoroso adepto do regime.

Outros potenciais candidatos, com mais credibilidade, ou foram detidos por violação da lei ou desencorajados a concorrer após forte pressão das autoridades.

Os apelos ao voto dos cerca de 60 milhões de potenciais eleitores foram permanentes, mas historicamente a participação nas eleições é muito baixa no Egito, com exceção das presidenciais de 2012, que elegeram o pró-islamita Mohamed Morsi, e as únicas que decorreram em liberdade e com garantias democráticas, com uma participação de 51,85 por cento na segunda volta.

O ex-Presidente foi afastado num golpe militar em julho de 2013, fomentado por Al-Sisi, que depois assumiu o poder.

Neste contexto, o regime já receava uma elevada taxa de abstenção, podendo descredibilizar as eleições.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Egito

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