Presidente da Galp e administrador constituídos arguidos por pagarem viagens a políticos

O caso dos deputados que aceitaram as viagens da Galp para verem jogos do Europeu 2016, em França, chegou agora ao topo da petrolífera. Carlos Gomes da Silva, o presidente executivo, e o administrador Carlos Costa Pina foram constituídos arguidos, avança o Jornal de Negócios.

De acordo com o diário, Carlos Gomes da Silva é o sétimo arguido do Caso Galp, que até aqui só tinha feito ‘vítimas’ entre a classe política, levando até a uma remodelação do Governo em termos de Secretarias de Estado.

“Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, confirma-se a constituição como arguido” de Carlos Gomes da Silva, assegura o Negócios, citando um e-mail enviado pela Procuradoria-Geral da República.

O presidente da Galp, tal como o administrador Carlos Costa Pina, está a ser investigado pela “alegada prática do crime de recebimento indevido de vantagem”.

A nível oficial, a petrolífera lembrou que “patrocina oficialmente a Seleção Nacional de futebol desde 1999”, tendo convidado – e pago as viagens a – políticos para assistirem aos jogos de Portugal em França.

“Nesse contexto, convidou pessoas de diferentes quadrantes para assistirem a jogos da equipa portuguesa durante o Campeonato Europeu de 2016, as quais integraram, de forma aberta e transparente, as comitivas de apoio à Seleção Nacional”, afirma a empresa, em comunicado: “Como sempre e desde o primeiro momento, a Galp continua e continuará a colaborar com as autoridades. A empresa aguarda serenamente as conclusões da investigação e reafirma que o apoio à Seleção Nacional foi feito dentro da lei, seguindo uma prática habitual, comum e generalizada”.

Entre os oito arguidos há três ex-secretários de Estado que foram exonerados devido ao Caso Galp: Fernando Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Costa Oliveira.