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Presidente da Assembleia da República defende que se apure “a verdadeira abstenção”

O presidente da Assembleia da República chamou hoje a atenção para a “taxa de abstenção demasiado elevada” em Portugal, mas defendeu também que é preciso um trabalho técnico para apurar a sua exata expressão.

“Eu sou daqueles que acham que há uma taxa de abstenção demasiadamente elevada também por motivos técnicos e pelo facto de os cadernos eleitorais não estarem suficientemente atualizados, nomeadamente devido aos efeitos, não apenas das pessoas que desaparecem, mas também das pessoas que emigram”, declarou.

Segundo Eduardo Ferro Rodrigues, que falava numa cerimónia de cumprimentos de boas festas da Assembleia da República ao chefe de Estado, no Palácio de Belém, em Lisboa, “esse é um trabalho que vai ter de ser feito para se verificar o que é a verdadeira abstenção”.

Ao mesmo tempo, há que encontrar meios de “fomentar o voto e apelar a uma participação mais massiva dos cidadãos portugueses naquilo que lhes diz respeito, que é o futuro das instituições”, acrescentou.

Em seguida, o Presidente da República concordou que Portugal tem uma taxa de abstenção “demasiado elevada” e que “vale a pena levar em atenção esse fenómeno, que começa a atingir níveis preocupantes na democracia portuguesa”.

No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que “todos os inquéritos quantitativos e qualitativos de opinião ao longo da última legislatura, e agora já na nova legislatura, mostram uma opinião positiva sobre a Assembleia da República”, o que apontou como um dado “curioso”, tendo em conta a “abstenção elevada”.

“Quer dizer que, apesar da preocupação que muitas vezes há quanto à imagem dos políticos por parte dos cidadãos, tantas vezes preocupada ou crítica, a Assembleia da República tem conseguido manter um juízo mais positivo do que negativo – e mais positivo do que outros órgãos de soberania. Isso é bom, porque a Assembleia da República é a casa da democracia”, considerou.

Ferro Rodrigues introduziu este assunto a propósito das eleições que se realizaram em 2019, europeias, regionais na Madeira e legislativas, nas quais disse que “tudo correu de acordo com os princípios democráticos”, mas com “uma resposta fraca do eleitorado, com uma taxa de abstenção demasiadamente elevada”, fenómeno “a que é preciso ter atenção”.

Lusa

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