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Preços das casas continuam a subir mas FMI diz que não é preciso qualquer ação política

O Fundo Monetário Internacional afirma hoje que os preços das casas continuam a subir em Portugal, mas descarta a necessidade de qualquer ação política imediata, recomendando, contudo, às autoridades portuguesas que acompanhem de perto a evolução do mercado hipotecário.

“Os preços das casas ainda estão a subir, mas não é necessária qualquer ação política imediata”, indica o FMI no relatório da missão do FMI a Portugal ao abrigo do Artigo IV, hoje divulgado.

A instituição indica que os aumentos dos preços das casas continuaram, mas “variam consideravelmente de região para região” e acrescenta que, além disso, “a maioria das transações imobiliárias não foram financiadas com hipotecas”.

O FMI afirma também que, “apesar de alguns sinais recentes de arrefecimento, os preços nos mercados imobiliários residenciais têm crescido de forma constante nos últimos anos, apoiados pela procura robusta de não-residentes e pelo turismo”.

Contudo, a instituição indica que, se persistirem “fortes aumentos de preços”, isso pode encorajar empréstimos hipotecários, inclusivamente através de operações de refinanciamento, “aumentando ainda mais as elevadas exposições dos bancos ao mercado imobiliário”, que representava 38 por cento do total de ativos dos bancos em dezembro de 2018.

Neste sentido, a instituição recomenda que as autoridades portuguesas “devem acompanhar de perto a evolução dos mercados hipotecários e estar prontas para ajustar medidas macroprudenciais, se necessário”.

Esta semana também a Comissão Europeia se pronunciou sobre o mercado imobiliário em Portugal, indicando nas suas previsões de verão, divulgadas na quarta-feira, que antecipa alguma moderação nos preços das casas em Portugal, mas acrescentando que o ritmo de ajustamento deve manter-se lento.

“Espera-se que o aumento gradual da oferta de habitação contribua para alguma moderação nos preços das casas, mas é provável que o ritmo de ajustamento se mantenha lento”, afirmou a Comissão Europeia nas previsões de verão.

Bruxelas referiu, no relatório, que “os preços das casas continuaram a crescer rapidamente, acima de 9 por cento (em termos homólogos) no primeiro trimestre de 2019, desacelerando apenas marginalmente em comparação com os dois últimos anos”.

Dados divulgados naquele mesmo dia pelo Eurostat, o gabinete de estatística europeu, mostraram que Portugal registou a terceira maior subida homóloga nos preços das casas (9,2 por cento) no primeiro trimestre deste ano e a segunda maior face aos últimos três meses de 2018 (3,6 por cento), entre os 28 Estados-membros da União Europeia.

Lusa

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Etiquetas: FMIhabitaçãohome

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