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Portugal no pódio do índice que mede as políticas de alterações climáticas entre 58 países

Portugal é o terceiro país onde a evolução das políticas na área das alterações climáticas foi mais positiva. A medição, que envolveu as nações que mais dióxido de carbono ‘fabricam’, mostrou que os gases com efeito de estufa estão 11 por cento acima do esperado.

O índice Climate Change Performance Index (CCPI), que mede o desempenho das políticas no setor das alterações climáticas, colocou Portugal no pódio, entre os 58 países analisados. Subindo oito posições relativamente a 2011, para sexto, Portugal beneficiou da não atribuição dos três primeiros lugares (nenhum país apresentou os méritos necessários) e, “na prática, Portugal é o terceiro melhor país”, como realçou Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus.

“Portugal ficou classificado em sexto lugar em termos de melhor desempenho relativamente às políticas na área das alterações climáticas numa classificação a comparar 58 países que, no total, são responsáveis por mais de 90 por cento das emissões de dióxido de carbono associadas à energia”, precisou a associação ambientalista, em comunicado.

“Como o relatório salienta, não deixa de ser espantoso que Portugal seja o terceiro país melhor classificado”, reforçou Francisco Ferreira, em Doha, onde participa na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP18), a decorrer no Qatar até dia 7 de dezembro, com delegações de 194 países.

É uma presença no pódio que “surpreende pela positiva, mas também pela negativa”, pois foi obtida não apenas pela política ambiental em Portugal, mas sobretudo pela crise financeira e social. “Conseguimos este lugar muito à custa da crise que nos tem vindo a afetar e que tem levado a que se reduzam muito os consumos energéticos, na eletricidade e no gás, e na parte rodoviária, no gasóleo e na gasolina”, explicou o vice-presidente da Quercus, por telefone, à Lusa.

“Temos agora consumos por pessoa relativamente baixos e a tendência é de decréscimo”, complementou. O objetivo, para a Quercus, é a descida das emissões de gases com efeitos de estufa “a partir da redução do desperdício, pelas indústrias e pelas pessoas em casa”, pelo que o aumento do custo de vida irá ajudar “a manter estes níveis”, com a confiança de ser possível melhorar “a qualidade de vida quando a crise for ultrapassada”.

Na área das políticas, Francisco Ferreira salientou “quer o aumento” das fontes de energia renováveis, “quer pelo que já representam para o país, bastante relevante”. Daí que, no entendes deste responsável, o Governo “não deve descurar de forma alguma, na política climática, os investimentos nesta área”.

Ao contrário de Portugal, que partilha os primeiros lugares com Dinamarca e Suécia, estão Canadá, Cazaquistão, Irão e Arábia Saudita, no fundo da tabela. Entre as nações mais industrializadas, os EUA subiram nove lugares e a China três, enquanto a Índia caiu seis posições.

O relatório do CCPI demonstrou, contudo, que os trabalhos para mitigar as alterações climáticas continuam longe de apresentar resultados satisfatórios. A emissão de gases com efeitos de estufa superou as 50 gigatoneladas de equivalente de carbono, um valor 20 por cento mais alto do que em 2000 e, como foi notado na Convenção, 11 por cento acima do previsto para 2020, objetivo definido para impedir um aquecimento global acima dos dois graus Celsius.

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