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Espanha cancela concertos de Sizzla e Portugal reúne ativistas

Nas imediações do Coliseu de Lisboa, juntaram-se ontem cerca de 100 ativistas, antes do concerto do jamaicano Sizzla, cujas letras homofóbicas geram repulsa. Em Espanha, os protestos têm sentido contrário: os concertos de Sizzla foram cancelados e os defensores do jamaicano falam em “opressão”.

Os concertos de Sizzla Kalonj dão que falar, porque o cantor jamaicano incita ao ódio contra os homossexuais nas letras das suas canções, o que provoca manifestações contra as suas atuações. Foi o que sucedeu ontem, em rente ao Coliseu dos Recreios, horas antes de Sizzla subir ao palco.

A manifestação em Lisboa foi pacífica, tendo-se verificado apenas um episódio de violência verbal contra os manifestantes. Palavras violentas que acabaram com a intervenção da PSP, de acordo com relato da Lusa.

Entre os cânticos do grupo que protestava contra a atuação do músico Sizzla, podia-se ouvir-se “racismo e homofobia são a mesma porcaria”, ou “aqui e na Jamaica homofobia é uma gaita”. Algumas bandeiras emitiam mensagens como “Sizzla, vai para casa” e “Coliseu e RDP promovem ódio e discriminação”.

Em Espanha, o rapper Sizzla também provoca manifestações, mas no sentido inverso. Os concertos foram cancelados e os fãs do jamaicano – bem como a Associação Cultural de Reggae – falam de “lobby gay”, que “passou de oprimido a opressor”.

As redes sociais serviram para que a comunidade homossexual protestasse contra a atuação do rapper, que tinha espetáculos em Barcelona, Madrid e Valência. O cancelamento dos concertos, para aquela associação, representa “um obstáculo à Democracia e à liberdade de expressão”. Nesta semana, oi cancelado naquele país o último espetáculo de Sizzla Kalonj.

As mensagens de Sizzla

Diversas organizações lusas defensoras dos Direitos Humanos manifestaram repúdio pela marcação de um concerto do cantor jamaicano em Portugal. Sizzla Kalonji é considerado homofóbico.

Mais do que uma “manifestação de opinião”, as letras das suas músicas são “um claro incitamento a crimes de ódio”, suscitados por meras orientações sexuais. Entre essas mensagens, estão frases como “dispara contra os maricas”, ou os homossexuais “devem morrer”.

De acordo com as organizações que protestaram contra o concerto de Sizzla Kalonji, estaria em causa a violação da Constituição da República Portuguesa, que impede discriminações com base na orientação sexual.

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