Portugal em projeto europeu para reduzir uso de pesticidas em vinhas e olivais

Quatro instituições portuguesas integram o projeto europeu Novaterra, de mais de cinco milhões de euros, que pretende garantir uma maior segurança alimentar, promovendo o acesso a alimentos saudáveis e minimizando o impacto do uso de pesticidas no ambiente.

Através de uma série de casos de estudos em contexto de olivais e vinhas na região do Mediterrâneo, o projeto visa desenvolver e testar um conjunto de estratégias integradas e sustentáveis, e de técnicas economicamente viáveis, para diferentes sistemas de cultivo, por forma a eliminar ou reduzir significativamente o uso e o impacto negativo de produtos fitofarmacêuticos (também conhecidos como pesticidas).

O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) irá ser responsável por desenvolver um robô inovador para realizar o controlo e manutenção da vegetação na linha e entre linha da vinha/olival, que posteriormente será testado num piloto de larga escala temporal. Este piloto será realizado em duas áreas vitivinícolas da Península Ibérica, propriedades das empresas Sogrape Vinhos S.A. e Terras Gauda.

“O uso de robôs com alfaias inovadoras – no controlo e manutenção da vegetação na linha e entre linha da vinha/olival – permitirá reduzir o uso de produtos fitofarmacêuticos, reduzir a compactação do solo, promover uma melhor qualidade do solo, aumentar a disponibilidade de recursos existentes nas quintas para outras operações relevantes, e fomentar os enrelvamentos das vinhas com claros benefícios para a vinha e atividades de turismo”, explica Filipe Neves dos Santos, investigador do INESC TEC.

As soluções previstas serão alinhadas com as necessidades atuais do mercado e dos consumidores, a legislação europeia atual e futura, bem como com as diversas capacidades de investimento dos agricultores e produtores nas regiões mediterrânicas.

O Novaterra “(Integrated novel strategies forreducing the use and impact of pesticides, towards sustainable mediterranean vineyards and olive groves”) irá ser adaptado a diferentes regiões edafoclimáticas, permitindo aos agricultores melhorar as suas estratégias de gestão integrada de pragas, para proteger as vinhas contra o míldio e o oídio, a podridão cinzenta e a traça da uva, bem como proteger os olivais contra o olho de pavão, a mosca da fruta, a traça da oliveira e da cochonilha negra.

O consórcio, liderado pelos espanhóis do Institut de Recerca i Tecnologia Agroalimentaries (IRTA), é constituído por 19 entidades, incluindo especialistas de seis países (Espanha, Portugal, França, Itália, Grécia e Bélgica) com diferentes perfis, que irão criar, desenvolver, testar e explorar as diferentes soluções. Em Portugal fazem parte do consórcio o INESC TEC, o Instituto Politécnico de Bragança, a APPITAD – Associação Dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro, e a Sogrape Vinhos SA.

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