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Portugal e a Palestina: “É cedo” para reconhecer “dois estados”, diz Machete

Portugal defende uma solução com dois estados, Israel e Palestina, mas não reconhece este último. “É cedo para pensarmos nisso”, justificou o ministro Rui Machete, comentando o reconhecimento do estado palestiniano pela Suécia.

Portugal é fiel à ideia de que a Palestina tem de ser um estado de pleno direito, mas não o reconhece. A explicação é do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que adiantou ser “cedo” para seguir o exemplo da Suécia, o primeiro país ocidental da União Europeia a reconhecer a Palestina.

“Mantemo-nos fiéis à ideia de que é preciso construir dois estados naquele território. Não pensamos que se deva interromper o processo de negociações até se alcançarem resultados sólidos”, justificou o governante, pedindo tempo para que as negociações continuem a decorrer.

“A partir daí, veremos, mas por enquanto é cedo para pensarmos nisso”, complementou Rui Machete, quando solicitado pelos jornalistas, ontem à noite, a comentar o reconhecimento feito pela Suécia.

A posição portuguesa está na linha da tese de Israel, para quem a decisão sueca é “lamentável” e vai reforçar “os elementos extremistas e a política de recusa dos palestinianos”, como ontem afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman, através de um comunicado.

A Suécia tornou-se no nono país da União Europeia (UE) a reconhecer a Palestina como um estado de pleno direito, juntando-se a Hungria, Polónia, Eslováquia (estes três reconheceram antes de aderirem à UE), Bulgária, Chipre, República Checa, Malta e Roménia.

A decisão da Suécia foi ontem anunciada pelo primeiro-ministro, Stefan Lofven, mas já tinha sido antecipada publicamente pela ministra dos Negócios Estrangeiros, num artigo publicado no Dagens Nyheter.

“Alguns vão afirmar que é demasiado cedo para tomar uma decisão destas. Eu, por outro lado, receio que seja demasiado tarde”, escrevera Margot Wallstrom.

“Demasiado tarde” face à escalada de violência na região, que assiduamente se torna notícia pelos conflitos entre palestinianos e israelitas, reforçou a ministra: “No ano passado, vimos como as negociações de paz mais uma vez foram interrompidas, como as decisões sobre novos colonatos na zona ocupada da Palestina prejudicaram uma solução de dois Estados, e como a violência voltou a Gaza”.

De acordo com o Governo sueco, o reconhecimento oficial do estado da Palestina serve para dar início a “negociações mais equitativas no futuro” e para “dar aos jovens palestinianos a esperança de uma solução pacífica para o conflito”, como explicou a ministra sueca dos Negócios Estrangeiros.

Logo após o anúncio feito por Stefan Lofven, Israel chamou o embaixador sueco para expressar o descontentamento pelo reconhecimento.

Redação

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