Desde junho, o gasóleo desceu sete cêntimos e a gasolina caiu oito cêntimos. No entanto, a queda da matéria-prima foi bem superior e atingiu os 12,6 por cento.
O barril de brent, que serve de referência ao mercado português, atingiu mínimos de quatro anos, e está abaixo dos 90 cêntimos.
Para se analisar os preços dos combustíveis, é necessário também verificar as variações cambiais.
E com o euro em baixa face ao dólar, esfuma-se parte desta descida dos custos da matéria-prima.
Mas há um fator que ajuda a diluir ainda mais estes benefícios que a queda do preço do petróleo deveria provocar: os impostos. O ISP é o mesmo, o IVA também.
Independentemente do facto de o custo do petróleo atingir mínimos de quatro anos, os impostos representam mais de metade do preço final da gasolina e mais de 40 por cento no caso do gasóleo.
Esta cadeia no mercado desde o preço da matéria-prima (o petróleo) até ao consumidor final (e sem esquecer a desvalorização do euro) leva a que o consumidor não sinta grandes diferenças, quando vai ao posto de combustível.
Apesar de tudo, com menor ou maior diferença, é de esperar que nos próximos tempos se verifiquem ligeiras quebras, refletidas pela descida do brent em outubro.
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