Poluição na China é boa para… a venda de preservativos

O que é que se faz na China quando a poluição é tanta que nem se pode sair de casa? Damos uma pista: o alerta vermelho para a poluição fez disparar as vendas online de preservativos, segundo demonstrou um estudo conduzido pelo principal portal de compras do país.

“E eu e tu o que é que temos que fazer?”, já cantava Pedro Abrunhosa, que agora tem mais um tópico para acrescentar à letra: a poluição.

Na poluída China, onde o ar ficou tão irrespirável que Pequim esteve (pela primeira vez) sob alerta vermelho, as pessoas aproveitaram a folga forçada e foram para a internet encomendar preservativos.

Os dados foram apresentados por um estudo do Taobao, o maior portal de compras chinês, e citados por um dos grandes jornais estatais, o China Daily.

Nos dias em que os chineses foram forçados a ficar em casa (em especial em Pequim), devido à poluição, as vendas online de preservativos dispararam.

O mesmo estudo do Taobao evidenciou ainda uma subida das vendas nos artigos de desporto, evidenciando uma maior predisposição dos chineses para fazerem exercício físico no exterior quando a qualidade do ar melhorar.

“Os artigos de desporto tiveram mais saída do que os cosméticos e vestuário feminino nos dias mais poluídos”, referiu o portal de compras.

Quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu um teto de 25 microgramas de partículas para que o ar seja considerado saudável, a densidade das partículas PM 2.5 (as mais finas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões) em Pequim chegou a atingir os 300 microgramas por metro cúbico.

Na capital chinesa, pela primeira vez na história, as autoridades ativaram o alerta vermelho (o nível máximo) para a poluição, que se mantém em vigor até amanhã.

Os infantários e as escolas foram aconselhados pelo Governo a suspender as aulas e as empresas a adotar “um horário de trabalho flexível”.

As fábricas e estaleiros mais poluentes reduziram ou interromperam a produção, enquanto os automóveis passaram a circular alternadamente de acordo com o último número da matrícula: um dia os ímpares, noutro os pares.