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Político e esposa detidos no México, suspeitos da morte de 43 alunos incómodos

Nesta terça-feira, um ex-autarca e a mulher foram detidos, na Cidade do México, suspeitos de encomendar a morte de 43 alunos, que preparavam uma manifestação. A Polícia Federal do México está a investigar um caso que choca os mexicanos e deixa suspeitas sobre alegadas ligações entre o narcotráfico e o poder político.

O México ainda está em choque com um provável crime em massa, que tem dois suspeitos: um ex-autarca e a própria mulher. José Luís Abarca e Maria de Los Angeles Pineda terão responsabilidade no desaparecimento de 43 jovens, em setembro.

O ex-autarca e a mulher acabaram por ser detidos pela Polícia Federal, numa das zonas mais pobres da Cidade do México, nesta terça-feira.

No México, suspeita-se que os alunos tenham sido entregues a narcotraficantes, que terão recebido ordem para matar os jovens.

Eram estudantes que planeavam uma manifestação, que ocorreria durante um comício da mulher do ex-autarca. Para calar o protesto, Abarca e Pineda terão feito desaparecer os jovens.

De acordo com as investigações feitas pelas autoridades mexicanas, os alunos foram transportados para uma esquadra e desde então nunca mais foram vistos. Os pais e familiares aguardam, sem saber o paradeiro dos filhos.

Não se sabe se estão vivos. Mas essa é a esperança da família, que continua à espera de informações. José Luís Abarca e Maria Pineda podem, alegadamente, fornecer essa informação.

Ainda não foi encontrada qualquer pista sobre os alunos. As autoridades encontraram, entretanto, alguns corpos em cemitérios clandestinos, mas exames provaram que nenhum deles pertence aos jovens.

Há dezenas de polícias e traficantes de droga presos, sendo que a polícia acredita que a prisão do ex-autarca e da mulher representa um passo importante nas investigações.

Várias dezenas de milhares de pessoas saíram à rua no México, com uma única pergunta: “Quem governa Guerrero?”

A questão está relacionada com a conivência da polícia deste estado mexicano com um poderoso cartel de droga.

Os testemunhos de dois pistoleiros contratados pelo cartel garantem que foi a polícia a deter, em Iguala, os 43 estudantes que continuam a ser dados como desaparecidos. Os estudantes terão sido entregues ao cartel, que os terá assassinado.

O próprio Presidente do México, Enrique Peña Nieto, não escapa às críticas. O chefe de Estado foi recentemente acusado de reagir tardiamente, pois só uma semana após o desaparecimento dos estudantes é que mandou para Iguala as autoridades federais.

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