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A polimedicação nos idosos. Universidade de Coimbra estuda “problema sério”

Apesar de representar um sério problema na população idosa, especialmente na franja de idosos que vivem sozinhos ou em condições de saúde frágil, a polimedicação é um tema que ainda tem merecido pouca atenção.

Considera-se que um paciente está polimedicado quando toma mais de cinco medicamentos diferentes por dia.

Para promover a implementação de regulamentação em países onde ainda não existe, como é o caso de Portugal, investigadores e especialistas da Alemanha, Espanha, Grécia, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido e Suécia reuniram-se em consórcio para estudar o impacto da polimedicação e adesão à terapêutica na saúde dos idosos.

Com um orçamento global de um milhão de euros, financiado pelo 3º Programa Europeu de Saúde, o projeto intitulado Simpathy (Stimulating Innovation Management of Polypharmacy and Adherence in The Elderly) é coordenado pelo Governo da Escócia.

A equipa portuguesa, liderada pelo Ageing@Coimbra – Regio Europeia de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável –, é constituída por seis investigadores das Faculdades de Farmácia e de Medicina da Universidade de Coimbra (UC), contando ainda com a colaboração da Universidade de Lisboa (UL).

Considerando que temos uma população envelhecida, a polimedicação desadequada “é um problema gravíssimo de saúde pública, com gastos enormes quer para o Estado quer para as famílias”, nota João Malva, coordenador científico do Ageing@Coimbra.

“As complicações de saúde geradas pela polimedicação são imprevisíveis, exigindo respostas urgentes por parte dos decisores políticos”, acrescenta.

A equipa do Simpathy está a identificar estudos de caso que ilustrem o estado de desenvolvimento da polimedicação e da gestão da adesão à terapêutica dos idosos em diferentes estados membros da União Europeia, e vai elaborar um guia de boas práticas, dirigido aos profissionais de saúde, especialmente aos médicos, enfermeiros e farmacêuticos.

O projeto visa também fornecer recursos para apoiar os decisores políticos na criação de regulamentação nesta matéria, promovendo a mudança na prática de cuidados de saúde e de política para obter melhores resultados de saúde a partir do uso de medicamentos em idosos em toda a União Europeia.

Um dos maiores desafios da sociedade na Europa prende-se com as alterações demográficas e o rápido crescimento da população com mais de 65 anos, que evoluirá de 87 milhões de pessoas (em 2010) para 148 milhões em 2060.

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