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Petrolíferas investem 9,4 ME em agronegócios e formação de jovens em Moçambique

O consórcio de exploração de gás natural liderado pela Total, no Norte de Moçambique, vai investir 10,5 milhões de dólares (9,4 milhões de euros) no desenvolvimento de agronegócios e formação de jovens em Cabo Delgado, anunciou hoje a empresa.

“O Catalisa é um projeto com uma duração de cinco anos” que visa criar cadeias de valor para os produtos locais daquela província, aproveitando o potencial de desenvolvimento com a exploração de gás, a partir de 2024.

“A componente de agronegócio aumentará o investimento, os rendimentos e o emprego local”, ao passo que “a componente de formação irá preparar os jovens para as oportunidades de emprego e criação de negócios próprios”, explica a Total, em comunicado.

O Catalisa já deu assistência técnica a mais de 170 agricultores e formou os primeiros 165 dos 1.000 jovens previstos na vila de Palma, onde está a ser construída a futura cidade do gás.

O projeto apoiou, na última semana, a abertura da Casa do Agricultor em Pemba, capital provincial, destinada a providenciar assistência técnica a produtores e criadores e a vender consumíveis destinados a aumentar a produtividade agrícola e pecuária.

Está prevista a abertura de outras duas lojas, num trabalho conjunto com as autoridades governamentais, o setor privado, as comunidades e a Technoserve, organização internacional sem fins lucrativos, parceiro implementador.

Outros projetos a serem apoiados incluem uma unidade de produção de ovos e a introdução de uma nova espécie de galinhas no mercado local.

Os apoios surgem numa altura em que a população de zonas costeiras da província sofre com ataques de grupos armados que desde há dois anos já mataram 250 pessoas, afetando outras 60 mil pessoas, muitas obrigadas a abandonar as suas terras e locais de residência, segundo as Nações Unidas.

O Governo tem anunciado nos últimos meses algumas operações militares para combater a insurgência que nasceu em mesquitas da região, sendo que os megaprojetos das empresas petrolíferas continuam a avançar.

O projeto Mozambique LNG, liderado pela Total, vai ser o primeiro empreendimento de gás natural liquefeito em terra a explorar as reservas da bacia do Rovuma, no norte do país, arrancando em 2024 com dois módulos de liquefação com uma capacidade nominal de 12,88 milhões de toneladas por ano (MTPA).

A petrolífera francesa encabeça o consórcio com 26,5 por cento, ao lado da japonesa Mitsui (20 por cento) e da petrolífera estatal moçambicana ENH (15 por cento), cabendo participações menores à indiana ONGC (10 por cento) e à sua participada Beas (10 por cento), à Bharat Petro Resources (10 por cento), e à tailandesa PTTEP (8,5 por cento).

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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