A empresa petrolífera Wentworth Resources, envolvida na prospeção de gás natural em terrenos do norte de Moçambique, anunciou hoje aos investidores que não tem perspetivas de realizar exploração.
Enquanto outros investimentos avançam ao largo da costa, as descobertas da Wentworth “estão encalhadas” devido às características naturais das jazidas e a empresa está a “avaliar as opções comerciais” que se colocam para a sua presença em Moçambique, lê-se numa apresentação aos investidores.
A Wentworth Resources não encontrou parceiros para partilhar o risco de investimento na zona e está a discutir com o Instituto Nacional de Petróleo (INP) a viabilidade do bloco Tembo, que lhe foi entregue para pesquisa.
A empresa tem licença válida até junho de 2019 e não tem penalizações se deixar a prospeção, refere na informação aos investidores.
A Wentworth Resources (antiga Artumas Group) descobriu depósitos de gás natural em terra, no subsolo de Cabo Delgado, norte de Moçambique, em 2014, através do furo Tembo 1, com 4.500 metros de profundidade, e que agora diz parecerem inviáveis para exploração.
A produção de gás natural vai arrancar na mesma região, mas no oceano Índico.
Ao largo da costa de Cabo Delgado, na Bacia do Rovuma, a 2.000 quilómetros de Maputo, estão a ser construídas infraestruturas para exploração dentro de quatro a cinco anos, por consórcios liderados pela Anadarko, Exxon Mobil e Eni.
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