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Pelo menos 46 migrantes morreram no naufrágio na Tunísia, indica novo balanço

Pelo menos 46 migrantes morreram num naufrágio ocorrido no sul da Tunísia na noite de sábado para domingo, onde seguiam cerca de 180 pessoas, segundo um novo balanço que está a avançado pelas autoridades tunisinas.

Os corpos de 46 migrantes foram recuperados do mar e 68 pessoas foram resgatadas da embarcação que teria capacidade para apenas 70 ocupantes (mas onde, segundo testemunhas, seguiam mais do dobro), o que indica que poderão ser encontrados mais corpos, uma possibilidade que as autoridades tunisinas não descartam.

Segundo dados da Organização Internacional de Migrações (OIM), este é o naufrágio de imigrantes mais grave nas águas do Mediterrâneo desde fevereiro passado, quando 90 pessoas perderam a vida depois de um barco proveniente da Líbia ter afundado.

De acordo com esta organização, vinculada às Nações Unidas (ONU), mais de 32.000 migrantes indocumentados chegaram à Europa através de três rotas – oeste, central e este – no Mediterrâneo desde o início do ano e mais de 660 perderam a vida no processo.

Na noite de sábado para domingo, uma embarcação precária em dificuldades, com alegadamente cerca de 180 pessoas a bordo, foi avistada ao largo da costa da província de Sfax, no sul da Tunísia, informou inicialmente o Ministério do Interior tunisino.

No primeiro balanço, que dava conta de 35 mortos, estavam, entre os 68 migrantes resgatados, cidadãos tunisinos e sete cidadãos oriundos da Costa do Marfim, Mali, Marrocos e Camarões.

“A guarda costeira e a Marinha continuam com as buscas com o apoio de um avião militar”, referiu um comunicado divulgado pelo Ministério do Interior tunisino.

O mesmo Ministério precisou que as autoridades tunisinas receberam um pedido de ajuda no sábado, por volta das 22:45 hora local (a mesma hora em Lisboa), de uma embarcação de pesca que estava a afundar-se ao largo de Kerkennah “com migrantes a bordo”.

Os tunisinos tentam frequentemente atravessar o Mediterrâneo em direção a Itália, à procura de uma entrada para a Europa e de uma vida com melhores condições.

Segundo várias organizações não-governamentais (ONG), esta situação reflete a insatisfação vivida por muitos jovens tunisinos, muitos deles afetados pelo desemprego.

Em março último, 120 pessoas, a maioria oriunda da Tunísia, que estavam a tentar alcançar, de forma clandestina, as costas italianas foram resgatadas pela Marinha tunisina.

Lusa

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Lusa

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