PCP exige explicações ao PAN sobre ligações a criminosos em nome da defesa de animais

O PCP exigiu hoje esclarecimentos ao PAN (Pessoas-Animais-Natureza) sobre alegadas ligações do partido a “atividades criminosas realizadas a pretexto da defesa de animais”.

“As notícias que envolvem dirigentes do PAN em atividades criminosas realizadas a pretexto da defesa dos animais assume particular gravidade”, critica o PCP numa nota.

Os comunistas salientam que “as ligações e relacionamentos estabelecidos entre o PAN e essas atividades exige o cabal esclarecimento desta situação e o correspondente apuramento de responsabilidades”.

Em causa está uma reportagem da TVI, emitida na quinta-feira, sobre uma investigação em curso da Polícia Judiciária relativa ao IRA (Intervenção e Resgate Animal), que protagoniza ações de boicote e de salvamento em prol dos direitos de animais em risco.

Alegadas vítimas das ações do grupo disseram à reportagem da TVI ter sido ameaçadas, agredidas e expostas nas redes sociais com apelos à violência.

Na base deste tipo de perseguição estariam maus tratos a animais, que em alguns casos eram falsos, tratando-se de pessoas.

Para o PCP, “o que deve ser assinalado é uma prática subjacente ao projeto político do PAN que, sob o manto de preocupações sobre a natureza e os animais, e assente num discurso de intolerância, promove uma orientação de incriminação, de estímulo à delação e de criminalização de hábitos sócio-culturais, em si mesmo caldo de cultura para justificação de práticas criminosas”.

Num vídeo alegadamente produzido pelo grupo, várias pessoas surgem encapuzadas ou com máscaras, empunhando machados, bastões ou marretas, com um dos declarados “cabecilhas” a afirmar ao jornalista que o grupo age “paralelamente à lei” nas suas ações.

Na reportagem surge a dirigente do PAN Cristina Rodrigues, que se escuda no segredo profissional da advocacia quando questionada sobre as suas ligações ao grupo.

Cristina Rodrigues admite ter feito trabalho “pro bono” com o grupo.

O deputado André Silva, também ouvido na reportagem, afirma que o grupo foi recebido na Assembleia da República, mas afirmou desconhecer qualquer forma de atuação à margem da lei.

Entretanto, o PAN enviou um comunicado às redações em que “repudia qualquer tipo de ação individual ou coletiva que intimide a sociedade civil e os cidadãos”.

Lusa

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