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PCP ataca BE e Mortágua: “Uns juntam com o bico, outros espalham com as patas”

Num artigo publicado no Avante!, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, tece duras críticas ao Bloco de Esquerda e a Mariana Mortágua. Em causa, a medida que tem dominado o debate político: o agravamento de impostos em imóveis com valor patrimonial acima de meio milhão de euros.

Mariana Mortágua tem sido o rosto da medida que o Governo de António Costa aplicar (a deputada garantiu em entrevista que não há retorno e que o património imobiliário de valor elevado terá um agravamento fiscal).

A deputada foi a primeira a abordar o assunto, na comunicação social, depois de uma reunião do grupo de trabalho que está a definir as bases da medida.

Não se conhece mal-estar no PS, mas o PCP já dá sinais de desconforto. O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, assina um artigo no jornal do partido, criticando o Bloco de Esquerda e Mariana Mortágua.

“Ao anunciar a criação de um imposto cujos principais elementos estavam ainda em discussão – incluindo entre o PCP e o Governo –, o BE procurou, uma vez mais, antecipar-se no anúncio de uma medida de forma a chamar a si os créditos pela aprovação daquilo que não depende apenas da sua vontade ou intervenção”, realça João Oliveira.

Para o parlamentar comunista, o efeito das palavras de Mariana Mortágua é um trunfo para a direita portuguesa.

“Uma ideia que podia vir a ser uma boa proposta fiscal foi imediatamente transformada num alvo de todo o tipo de bombardeamento especulativo”, assinala.

Além de estar a ser apresentada “como uma ameaça, deu a PSD e CDS uma oportunidade de ouro para ocultarem a responsabilidade pelo saque fiscal que impuseram e de criarem dificuldades à sua reversão”.

“Uns a juntar com o bico e outros a espalhar com as patas…”, lamenta, numa alusão à postura do Bloco de Esquerda.

“Depois do apressado anúncio feito pelo BE e confirmado pelo PS (…) confirma que posturas e critérios errados não se limitam apenas a criar dificuldades a boas medidas que podem ser tomadas, oferecem ainda de bandeja a outros [neste caso, a PSD e CDS] a oportunidade de branquearem as suas opções”, escreve o deputado.

Por princípio, o PCP concorda com “a consideração adequada de cada imposto nas suas implicações económicas, de receita e de justiça fiscal”.

E esses critérios “devem aplicar-se também aos impostos sobre património de valor muito elevado”.

Redação

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