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Mariana Mortágua e o agravamento do IMI: “A Direita teve interesse em criar medo”

Em entrevista à TVI, Mariana Mortágua acusou a Direita de tentar “criar medo”, no agravamento do IMI para contribuintes com imóveis de valor patrimonial superior a 500 milhões de euros. A deputada do Bloco de Esquerda garantiu que a medida vai avançar, mas que só afetará “um por cento dos contribuintes mais ricos”.

Mariana Mortágua reagiu à polémica levantada em torno do agravamento fiscal para cidadãos com imóveis de valor patrimonial elevado. A deputada quer combater os acumuladores de fortunas e assume que esta medida se insere numa visão ideológica.

Num grupo de trabalho de política fiscal, partidos discutem as bases de uma medida que caberá ao Governo aplicar: agravar o IMI em cidadãos com imóveis de valor patrimonial superior a 500 mil euros, ou um milhão de euros (o valor certo está por definir).

Mariana Mortágua participou nesse grupo de trabalho e foi a primeira a abordar o assunto, perante a comunicação social. Uma coincidência, segundo a própria.

Certo é que a deputada do Bloco de Esquerda foi colocada no olho do furacão, com uma onda de críticas. Mortágua ganhou protagonismo e respondeu, com acusações aos partidos de direita.

Em entrevista ao Jornal das 8, da TVI, detalhou que a medida só será aplicada, na pior das hipóteses, a “um por cento da população portuguesa”.

 “A medida ficou clara, mas, infelizmente, houve interesse para que esta mensagem fosse deturpada. A Direita teve interesse em criar medo”, acusa.

De acordo com a informação recolhida pelo grupo de trabalho, não haverá mais do que 43 mil pessoas a verem o IMI agravado.

“Hoje temos dados concretos. Os números ao detalhe que cidadãos com 500 mil euros de valor patrimonial – diferente de valor de mercado – corresponde a um por cento da população portuguesa. São 43 mil pessoas que têm património total acima de 500 mil euros. E se tivermos a falar de um milhão, estamos a falar de 8000 pessoas”, adiantou.

Mariana Mortágua assume que o combate às desigualdades é uma questão ideológica e sabe que esta medida, por si só, não será suficiente para cumprir o seu objetivo.

“Este imposto vai contribuir para aumentar as pensões dos pensionistas mais pobres do país. É justo pedir aos oito mil contribuintes com um património de um milhão de euros para que os pensionistas mais pobres possam ver a sua pensão aumentada”, adianta.

A medida está a ser desenhada, pelo que pouco se sabe sobre este agravamento fiscal. Caberá ao Governo aplicá-la. Mas Mortágua já antecipou: haverá mesmo um aumento de impostos para estes contribuintes.

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