O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) deu voz à indignação dos patrões por causa de uma nova taxa que o Governo pretende criar para penalizar empresas que abusem dos contratos a prazo.
“Penalizar esta ou aquela questão quando a economia já está a reagir, não me parece o mais adequado”, refere António Saraiva, líder da CIP.
Em entrevista à Renascença, o ‘patrão dos patrões’, como é conhecido, lembra que a economia atravessa um momento em que “80 por cento dos novos empregos foram criados sem termo”.
António Saraiva explica ainda que não recebeu informação por parte do Governo no local próprio – concertação social.
“O primeiro-ministro anuncia que vai lançar uma taxa. Não diz que taxa. Diz que não é a TSU mas não diz o que é. Por isso vamos aguardar para ver o que é que o Governo nos vai apresentar”, lamentou.
E justificou a sua ideia.
“Lamento que o primeiro-ministro, em vez de anunciar previamente aos parceiros, utilize a comunicação social para anunciar o que se vai passar em concertação social.”
Nestas declarações à Renascença, António Saraiva sublinhou ainda que “o governo ultimamente deixou de entregar documentos previamente às reuniões de concertação.”
“Aguardarei aquilo que o governo traga aos parceiros sociais. E consoante aquilo que trouxer, assim reagiremos”, avisou.
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