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“Passos Coelho ainda tem muito a dar a Portugal”

Bagão Félix afirmou que falta liderança à direita em Portugal e apelou ao regresso à vida política de Passos Coelho e Paulo Portas, antigos presidentes de PSD e CDS.

Duas vezes ministro em Governos de coligação PSD/CDS e figura de topo nos centristas nos tempos de Manuel Monteiro e Paulo Portas, Bagão Félix frisou que os antigos primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro ainda têm “muito a dar” ao país.

“Sabe que uma das coisas que eu aprendi com a idade, e com a velhice já, de algum modo, [risos] é que com o tempo as coisas ficam mais claras. Eu, que também critiquei alguns aspetos da austeridade, como alguma insensibilidade social que houve no Governo de Passos Coelho, hoje percebo que ele era, e é, uma pessoa que ainda tem muito a dar a Portugal”, defendeu, em entrevista ao Diário de Notícias.

Na mesma linha, o economista lançou o nome do ex-presidente do CDS, como que a colocar já Passos e Portas na ‘pole position’ para a sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa… nas presidenciais de 2026.

“Paulo Portas também, indiscutivelmente. São pessoas que, cada um à sua maneira, têm uma posição relativamente ao Estado, à coisa pública, que não deve ser descartada no próximo futuro”, sustentou.

O ex-ministro das Finanças e da Segurança Social defendeu que o CDS sente mais a falta de Portas do que o PSD sente a de Passos.

“Fazem falta, claro que fazem falta. Eu, por exemplo, até gosto das ideias que o atual presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, tem. É um jovem, com valor, com princípios, é uma pessoa politicamente muito séria, muito forte, mas, evidentemente, o partido está órfão e a orfandade, a certa altura, é, de facto, uma restrição a qualquer partido, não é só ao CDS. Nesse aspeto, o CDS sofre mais do que o PSD”, comparou.

O elogio aos antigos governantes da direita surgiu depois do vice-governador do Banco de Portugal ter contestado a ideia de que PSD e CDS devem traçar uma linha vermelha em relação ao Chega, sugerindo uma linha “alaranjada” caso o partido prove que se consegue moderar.

“Se puder ser sempre dispensado à direita o Chega, é uma boa notícia. Linha vermelha, não; linha alaranjada, sim. [PSD e CDS] têm a obrigação de dizer que, se o Chega quiser alguma vez fazer parte de uma solução parlamentar alternativa, tem de perceber que este caminho não é o adequado, e depois logo se verá”.

Bagão Félix tem criticado o processo do Novo Banco e, agora que a reestruturação da TAP se tornou num problema semelhante para o erário público, lamentou que no fim quem pague a fatura seja sempre… o contribuinte.

“Todas essas falácias que nos atiram para dizer que os contribuintes não pagam… No fim, os contribuintes pagam tudo”, finalizou.

Redação

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