Quatro partidos estão prontos para abrir uma guerra com Marcelo, preparando-se para apresentar uma lei de financiamento igual à vetada pelo Presidente da República.
Nas propostas entregues (o prazo terminava hoje), PSD, PS, BE e PCP não impõem limites ao financiamento privado dos partidos, que a lei em vigor define como tendo um limite máximo de 1500 vezes o indexante de apoios sociais (631 980 euros).
Essa falta de limites foi um dos motivos invocados pelo chefe de Estado para o veto (o sexto no mandato) do projeto-lei subscrito por cinco partidos (PSD, PS, BE, PCP e PEV) a 26 de dezembro, depois de negociações secretas. Um veto logo a 2 de janeiro, com uma referência diretao ao “fim de qualquer limite global ao financiamento privado”.
Sendo alterada a lei de financiamento partidário, será possível que dinheiro gerado por operações ilícitas, como tráfico de droga, seja lavado na forma de financiamento aos partidos.
Talvez na expectativa de não irritar muito Marcelo, todos os partidos apresentaram alterações num outro ponto invocado no veto: o reembolso integral do IVA, num regime fiscal bem mais favorável do que, por exemplo, as IPSS.
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