Surgiu como uma bomba em 2011 e rapidamente desencadeou protestos pelos quatro cantos do mundo. O Acordo Comercial Anticontrafação (ACTA) foi desde cedo visto por muitos como um atentado à liberdade mundial, sobretudo na Internet.
Esta quarta-feira, o Parlamento Europeu votou e ditou o fim da proposta do ACTA, com 478 votos contra, 39 a favor e 169 abstenções.
Basicamente, este acordo faria com que tudo pudesse ser controlado na Internet por exemplo, pelos estados.
Exemplo
Imagine que coloca um vídeo no Youtube onde aparece na sua própria casa, a fazer determinada atividade. Agora imagine que, como fundo, há um rádio na sua sala a tocar uma música conhecida. Com este acordo, as autoridades competentes teriam o poder de apagar o vídeo, devido à tal música que era ouvida. Para os defensores do ACTA, essas imagens estariam a violar direitos de autor, precisamente pelo som do tema que o utilizador permitia que fosse ouvido no vídeo.
Para muitos ativistas esta quarta-feira, 4 de julho, representa uma vitória.
Ataques piratas
O ACTA foi igualmente responsável pela revolta de alguns hackers, que desencadearam ataques informáticos no último ano, em protesto contra este eventual acordo. Para a felicidade de muitos, o ACTA vai agora para a ‘gaveta’.
Outras áreas
O acordo não teria apenas impacto no mundo virtual mas também nos casos da saúde, por exemplo. As grandes empresas farmacêuticas ganhariam poder sobre as fabricantes de medicamentos genéricos.
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