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Paris pede a Trump para não se intrometer nos assuntos internos franceses

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, pediu hoje ao presidente norte-americano para não se imiscuir nos assuntos internos franceses, após Donald Trump ter feito críticas relacionadas com o movimento dos “coletes amarelos”.

“Digo a Donald Trump e o presidente da República (Emmanuel Macron) diz-lhe igualmente: nós não participamos nos debates norte-americanos, deixe-nos viver a nossa vida”, declarou Le Drian numa entrevista televisiva ao ser questionado sobre mensagens do presidente dos Estados Unidos na rede social Twitter.

Trump voltou a criticar no sábado o acordo de Paris sobre o clima, considerando que o movimento dos “coletes amarelos” em França é a prova de que o pacto “não funciona”.

“O acordo de Paris não funciona assim tão bem para Paris. Manifestações e tumultos por toda a França”, escreveu o presidente dos Estados Unidos na rede social Twitter.

O movimento dos “coletes amarelos”, que se iniciou contra o aumento do preço dos combustíveis, juntou no sábado cerca de 125.000 pessoas em protestos em toda a França no quarto grande dia de manifestações, segundo o Ministério do Interior.

Um total de 1.723 pessoas foram identificadas e 1.200 foram detidas, tendo sido registados 135 feridos, 17 dos quais polícias, de acordo com a mesma fonte.

“As pessoas não querem pagar muito dinheiro aos países subdesenvolvidos (que são governados de modo discutível), com o objetivo de talvez proteger o ambiente”, disse o Presidente dos Estados Unidos.

Esta não foi a primeira vez que Trump falou sobre o movimento. Na terça-feira tinha ironizado sobre as concessões feitas pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, aos “coletes amarelos”, considerando que o acordo de Paris estava condenado ao fracasso.

Sem apresentar provas, o Presidente norte-americano disse que os manifestantes em França “cantam ‘nós queremos Trump'”.

Le Drian ironizou, indicando que não acreditava que quando Trump disse aquilo se referisse às marchas também realizadas no sábado para exigir ação face às alterações climáticas.

À observação de um jornalista de que o presidente dos Estados Unidos se referia às concentrações dos “coletes amarelos”, o chefe da diplomacia francesa respondeu no mesmo tom de brincadeira não saber que eles se tinham manifestado em inglês.

Lusa

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