Um padre de 79 anos, responsável pela paróquia de Ribamar, na Lourinhã, é arguido num caso de burla qualificada e fraude fiscal. Em causa, o alegado desvio de bens avaliados em 208 mil euros, doados a uma instituição de solidariedade que o pároco lidera. Eram roupas que tinham como destinatário famílias carenciadas em África.
Segundo avança o Correio da Manhã, um padre de Ribamar, no concelho da Lourinhã, está envolvido num esquema de alegada burla.
O esquema foi desmontado pela GNR e consistia na venda ilegal de roupas de marca, doadas à Fundação João XXIII/Casa do Oeste, para que fossem entregues a famílias africanas carenciadas.
No entanto, esses bens não foram entregues ao destinatário e estariam a ser vendidos em Mafra e Torres Vedras. De acordo com aquele diário, a venda era processada num armazém, de forma ilegal.
A roupa, doada pela Salsa, deveria seguir para a Guiné, mas estava a ser vendida ilegalmente num armazém.
Joaquim Batalha, o padre responsável pela fundação, foi constituído arguido e incorre nos crimes de fraude fiscal e burla qualificada.
O pároco nega qualquer responsabilidade, mas confirma que a GNR fez buscas na sede e no armazém da fundação.
“Garanto que aqui não encontraram nada. Se alguma coisa foi apreendida foi na loja ilegal dessa voluntária, que eu desconheço e que nada tem que ver connosco. É um circuito paralelo que desconhecemos”, disse, em declarações ao Correio da Manhã
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