A oposição venezuelana anunciou hoje que não prevê participar em novas reuniões de negociação com o regime, em Oslo, enquanto não houver uma aproximação à sua agenda e que passa por eleições livres no país.
“Quando houver uma nova reunião eu vou dizer-lhes. Não está proposta uma nova reunião enquanto não conseguirmos uma aproximação na agenda que propusemos: fim da usurpação, um governo de transição e eleições livres”, anunciou o líder opositor Juan Guaidó.
O presidente do parlamento falava na cidade de Valência, Estado de Carabobo, 150 quilómetros a oeste de Caracas, durante um ato em que apresentou o “Plano País”, da oposição, para um Governo sem Nicolás Maduro.
“Se o regime quer enviar informação aos seus prestamistas e aliados, esta deve ser de maneira correta, porque não está proposta nenhuma nova reunião, neste momento, até que consigamos uma aproximação na agenda que apresentamos: fim da usurpação, governo de transição e eleições livres”, insistiu.
Juan Guaidó sublinhou ainda que o Governo venezuelano “já não tem aliados, já não tem sócios, tem é gente a quem deve”.
“Cada vez que oiçam alguém dizer que nos vamos reunir com o Grupo de Contacto, com o Grupo de Lima, à Noruega, alegrem-se, porque não somos tontos. Cada passo que daremos, no momento em que o daremos, será porque estamos mais perto do fim da usurpação, de um governo de transição e de eleições livres”, frisou.
Por outro lado, disse receber com agrado as declarações que chegam dos Presidentes da Rússia e da China, Vladimir Putin e Xi Jinping, respetivamente, porque “palavras mais, palavras menos, dizem que há um problema na Venezuela que há que solucionar”.
Hoje, o canal de televisão russo Rússia Today dava conta que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia tinha informado que haveria uma nova ronda de diálogo entre representantes do Governo venezuelano e da oposição, na próxima semana, em Oslo.
Por outro lado, a imprensa venezuelana dá conta de que teria chegado a Caracas, na noite de quinta-feira, uma equipa de mediação da Noruega para “precisar o curso das negociações”, mas de momento não há informação oficial.
Em maio passado, representantes do Governo do Presidente Nicolás Maduro e da oposição, reuniram-se em duas ocasiões, em Oslo, para conversações destinadas a encontrar uma solução para a crise política na Venezuela.
A delegação do Governo venezuelano integrou o ministro de Comunicação e Informação venezuelano, Jorge Rodríguez, o governador do Estado de Miranda, Héctor Rodríguez e o ministro de Relações Exteriores, Jorge Arreaza.
A representação de Juan Guaidó foi presidida por Fernando Martínez Mottola e dela fizeram parte o ex-deputado Gerardo Blyde, o segundo vice-presidente do parlamento Stalin González, e o ex-reitor do Conselho Nacional Eleitoral, Vicente Diaz.
Os Estados Unidos têm insistido que a oposição deve negociar apenas as “condições” para uma mudança de Governo na Venezuela.
“Tomamos nota das conversações na Noruega. Como temos dito, reiteradamente, para os EUA a única coisa que se pode negociar com Nicolás Maduro são as condições da sua saída”, disse à imprensa a porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus.
A crise política no país agravou-se em 23 de janeiro, quando o opositor Juan Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino, e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.
Na madrugada de 30 de abril, um grupo de militares manifestou apoio a Guaidó, que pediu à população para sair à rua e exigir uma mudança de regime, mas não houve desenvolvimentos na situação até ao momento.
Nicolás Maduro, de 56 anos e no poder desde 2013, denunciou as iniciativas do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderado por Washington.
À crise política na Venezuela soma-se uma grave crise económica e social, que já levou cerca de quatro milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, de acordo com dados das Nações Unidas.
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