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ONU lança apelo de emergência para apoiar Moçambique nos próximos três meses

A ONU lançou hoje um apelo de ajuda de emergência de 282 milhões de dólares (249 milhões de euros) para ajudar Moçambique a recuperar durante os próximos três meses da devastação provocada pela passagem do ciclone Idai.

Mark Lowcock, subsecretário-geral da ONU para os assuntos humanitários, precisou que este novo apelo de financiamento será usado em água potável, saneamento, educação e na reabilitação dos meios de subsistência das centenas de milhares de pessoas deslocadas na sequência do ciclone Idai.

O representante das Nações Unidas esclareceu ainda que serão lançados pedidos de ajuda internacional separados para o Zimbabué e Maláui, países que também foram fortemente afetados pelo ciclone.

Mark Lowcock acrescentou que os fundos para as vítimas do Idai estão a começar a chegar, nomeadamente as 22 milhões de libras (cerca de 25 milhões de euros) canalizadas pelo Reino Unido, alertando, no entanto, que as verbas ainda estão longe de preencher as necessidades.

A diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, visitou hoje a cidade portuária da Beira (no centro de Moçambique), onde os efeitos do ciclone Idai assumiram proporções devastadoras, e advertiu para a situação de urgência no terreno.

“É uma corrida contra o tempo”, afirmou Henrietta Fore, numa referência à ajuda aos milhares de deslocados e ao trabalho de prevenção de doenças.

Segundo as Nações Unidas, o ciclone Idai afetou 1,85 milhões de pessoas em Moçambique, estimando-se que mais de 480 mil tenham sido desalojadas pelas cheias que submergiram e destruíram uma área de mais de 3.000 quilómetros quadrados.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes.

Em Moçambique, o número de mortos confirmados subiu hoje para 447, no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos.

O Governo moçambicano adiantou que estes números ainda são provisórios, já que à medida que o nível da água vai descendo vão aparecendo mais corpos.

Lusa

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Lusa

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