Em comparação com 2011, verifica-se um aumento de quatro por cento de empresas sem liquidez, sendo que apenas 19 por cento escapam a este quadro negro, que resulta de atrasos de pagamentos por serviços prestados, indica o relatório do EPI.
Em 2012, de acordo com aquele relatório, há 81 por cento de empresas em Portugal que enfrentam problemas de liquidez. O estudo EPI, realizado pela ‘Intrum Justitia’, alerta ainda para o facto de diversas empresas europeias padecerem do mesmo problema, também em resultado de atrasos de pagamentos.
As dívidas aumentam e há um valor elevado de dívidas incobráveis: 6,04 mil milhões de euros. Em comparação com 2011, verifica-se um crescimento de 13 por cento de cobranças irrealizáveis, por parte das empresas, só em Portugal.
Numa análise ao quadro europeu, as dívidas sem cobrança possível atingem 340 mil milhões de euros. As empresas europeias mais penalizadas por este problema são as gregas, sendo que no extremo oposto estão as finlandesas.
A falta de liquidez resulta em falências e em despedimentos nas empresas, num quadro que deve agravar-se em Portugal, nos próximos anos. Luís Salvaterra, presidente da ‘Intrum Iustitiae’, salienta que 25 por cento das falências resultam de atrasos nos pagamentos.
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