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Ocupas da Rua de São Lázaro despejados e irritados com intervenção municipal

Disponível para reunir com os Ocupas da Rua de São Lázaro, a vereadora com o pelouro da Habitação na Câmara de Lisboa, Helena Roseta, ouviu um “não ao diálogo”. Os Ocupas preferiram manifestar-se no Largo do Martim Moniz, contra a decisão que levou ao despejo, detenção de três pessoas e retirada dos bens do local.

Depois de Roseta ter manifestado disponibilidade para um encontro com os Ocupas, o grupo não aceitou qualquer tipo de ação diplomática da Câmara Municipal de Lisboa, enquanto “houver pessoas detidas”, segundo realçam ao Público, e não forem “objetos retirados do edifício” que ocupavam.

A ação de despejo ocorreu hoje de manhã, sendo que dessa intervenção resultaram três detenções, sendo que um dos detidos é o advogado do grupo. Uma mulher também acabou detida. E estes factos provocaram extrema revolta nos Ocupas, que não aceitam diálogo por considerarem excessivas as detenções da polícia.

Todos os bens que se encontravam na casa da Rua de São Lázaro acabaram nos serviços da autarquia de Lisboa, sendo que posteriormente foram enviados para o depósito municipal em Figo Maduro. Entre os bens estão a mobília e alguns objetos pessoais. A exigência dos Ocupas é a devolução desses bens que lhes pertencem.

Reunidos em plenário na Rua Augusta, os elementos do grupo decidiram deslocar-se ao gabinete de Helena Roseta, na Rua do Ouro, e as portas abriram-se, mas não era essa a intenção dos Ocupas – cerca de 15 elementos que representam o grupo.

Depois de ocuparem o gabinete de Helena Roseta, as 15 pessoas foram escoltadas pela Polícia Municipal para a parte exterior do edifício, sendo que as autoridades municipais procederam à identificação dos elementos.

Os manifestantes estiveram concentrados nas imediações do Arco da Rua Augusta, num ato de protesto contra o despejo de que foram alvo, do espaço que ocupavam no número 94 da Rua de São Lázaro. Não querem diálogo, apenas gritar o som da sua revolta.

A cerca de 300 quilómetros de distância, o movimento Es.Col.A manifestou solidariedade para com os Ocupas. Recorde-se que aquele movimento de inserção social portuense foi alvo de uma intervenção municipal idêntica, com a Câmara Municipal do Porto a despejar o grupo da escola da Fontinha, que se encontrava devoluta.

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