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“O futuro” de Durão Barroso, assume o próprio, “a Deus pertence”

A cerca de meio ano de deixar a presidência da Comissão Europeia, Durão Barroso continua sem revelar qual o próximo projeto. “O futuro a Deus pertence”, desvaloriza o antigo primeiro-ministro, assegurando que ainda tem “muito para fazer” até ao final do mandato.

Durão Barroso continua sem revelar se vai recandidatar-se à presidência da Comissão Europeia (CE) ou se vai abraçar um novo projeto político. No congresso do Partido Popular Europeu (PPE), que decorre em Dublin e que está a lançar Jean-Claude Juncker para o cargo do português, o antigo primeiro-ministro distanciou-se da eventual recandidatura sem abrir o jogo.

“Bom, bom, bom… Como se diz em Portugal, o futuro a Deus pertence”, respondeu Durão Barroso, quando questionado sobre o cargo que ambiciona quando deixar a presidência da CE.

Sem abrir a porta quanto ao próximo trabalho, o político foi fechando a porta à recandidatura, sublinhando que os dez anos no cargo “são mais do que suficientes”.

Como continuar presidente da CE iria “contra todas as regras da sensatez e da sabedoria”, Durão Barroso foi preparando o terreno para Jean-Claude Juncker, também ele um antigo primeiro-ministro (do Luxemburgo) e que deverá ser o candidato do PPE.

“É uma pessoa com grande experiência, foi meu colega tantos anos no Conselho Europeu. Antes ele era o decano, agora já sou eu. Todos sabem da maneira estreita como sempre colaborámos. Além do mais, é um amigo de Portugal, sempre teve palavras de respeito e afeto por Portugal, é um excelente candidato”, elogiou Barroso.

A tónica no discurso foi sempre no sentido de distanciar-se de uma eventual recandidatura, mas a mesma não foi oficialmente negada.

“Tenho muito que fazer até ao dia 31 de outubro”, quando termina o mandato, afirmou Durão Barroso: “por exemplo, a saída de Portugal do programa, aí está uma coisa importante a fazer. Ver também quais os próximos passos para relançar a economia, a recuperação já começou, mas não podemos dizer que estamos fora da crise com níveis tão elevados de desemprego”.

Prometendo “trabalhar até ao último dia, até ao final de outubro”, o ainda chefe do executivo comunitário lembrou ainda o desgate que tem acumulado: “toda a gente reconhece que, então estes últimos cinco, foram os anos mais difíceis da história da integração europeia, com uma crise sem precedentes”.

“Nunca ninguém fez mais do que dez anos. Estou orgulhoso por ter tido a confiança não apenas dos chefes de Estado e de Governo, mas também do Parlamento Europeu, nestas condições tão difíceis”, reforçou o ex-primeiro-ministro.

“Como dizem os treinadores e jogadores de futebol, vamos ver o próximo jogo, concentremo-nos aí e não a fazer cenários para o futuro. Ainda há muito a fazer nos próximos meses na Comissão Europeia, nomeadamente ajudar Portugal a sair do programa de ajustamento, ainda há muito a fazer para relançar a economia e o desemprego jovem, vamos cumprir o nosso mandato e depois se verá”, insistiu Durão Barroso.

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