Novo Banco com 231,2 milhões de prejuízo

O Novo Banco teve prejuízos de 231,2 milhões de euros até junho, o que compara com resultados negativos de 290,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, informou a instituição ao mercado.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco diz que sem a operação de emissão e troca de dívida (com impacto negativo de 79 milhões de euros) e a anulação de prejuízos fiscais reportáveis (com impacto de 31 milhões de euros), feita no semestre devido a ativos por impostos diferidos não serem considerados recuperáveis, o prejuízo teria sido menor, de 121,2 milhões de euros.

Ainda entre janeiro e junho, o produto bancário comercial (soma dos resultados financeiros e comissões) caiu 1,6 por cento para 361,1 milhões de euros, face ao mesmo semestre de 2017, com os resultados financeiros a sofrerem uma quebra de 4,1 por cento para 202 milhões de euros, enquanto as comissões subiram 1,7 por cento para 159 milhões de euros.

Já o produto bancário (que soma produto bancário comercial com resultados de operações financeiras e outros resultados de exploração, ambos negativos no primeiro semestre) caiu de forma mais significativa, 20,8 por cento, para 345,8 milhões de euros.

O banco liderado por António Ramalho justifica os prejuízos de 6,3 milhões de euros em operações financeiras com o impacto das ofertas e troca de dívida.

Quanto a gastos, os custos operativos caíram 7,9 por cento para 244,2 milhões de euros, devido, sobretudo, à redução de balcões e de trabalhadores.

Ainda no primeiro semestre, o valor constituído para imparidades e provisões (para fazer face a perdas, nomeadamente com créditos) foi de 248,4 milhões de euros, o que significa menos 40 por cento do que as provisões feitas no primeiro semestre de 2017.

Citado no comunicado hoje divulgado, o presidente do Novo Banco diz que “a performance do banco no primeiro semestre está em linha com os planos de negócios já apresentados” e voltou a lembrar que a “a restruturação do banco ainda vai exigir tempo e dinheiro”.

O Novo Banco (criado em agosto de 2014 para ficar com os ativos considerados menos problemáticos do ex-BES) pertence em 75 por cento ao fundo de investimento norte-americano Lone Star, mantendo o Fundo de Resolução bancário os restantes 25 por cento.

Lusa

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