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Novo apagão deixa 23 dos 24 estados da Venezuela às escuras

Um novo ‘apagão’ elétrico deixou 23 dos 24 estados venezuelanos às escuras na noite de terça-feira, num país onde são cada vez mais frequentes e prolongadas as falhas no fornecimento de eletricidade.

Segundo as rádios locais, o apagão teve início pelas 23:30 de terça-feira (04:30 horas de hoje em Lisboa), tendo chegado a afetar a capital, Caracas, onde a energia foi entretanto restabelecida.

De momento, não há informação oficial sobre os motivos da falha elétrica.

Através da rede social Twitter, vários utilizadores denunciaram ‘apagões’ nos estados venezuelanos de Arágua, Barinas, Guárico, Vargas, Miranda, Mérida, Táchira, Trujillo, Nova Esparta, Apure, Delta Amacuro, Cojedes, Yaracuy, Zulia, Bolívar, Anzoátegui, Portuguesa, Lara, Falcón, Carabobo, Monagas e Sucre.

A única região do país que parece imune à falha elétrica é o estado de Amazonas, a sul do país, na fronteira com o Brasil.

Na Venezuela são cada vez mais frequentes e prolongadas as falhas no fornecimento de eletricidade: no passado dia 07 de março de 2019, uma falha na barragem de El Guri (a principal do país) deixou a Venezuela às escuras durante uma semana.

Em 25 de março, verificou-se um novo apagão, que afetou pelo menos 18 dos 24 estados, incluindo Caracas, que estiveram às escuras, total ou parcialmente, pelo menos durante 72 horas.

Quatro dias depois, pelo menos 21 estados ficaram sem eletricidade durante 24 horas.

Na última segunda-feira, o novo ministro da Energia Elétrica venezuelano, Igor Gavidia, anunciou que o programa de racionamento de eletricidade no país, iniciado no dia 01 deste mês, “poderá prolongar-se por um ano”.

“Vamos atacar os problemas do plano [de recuperação do sistema elétrico] que o Presidente iniciou a curto prazo, entre 30 e 60 dias, entre 60 e 90 dias e prolongar um ano”, disse.

Gavidia falava em Puerto Ordáz, no estado venezuelano de Bolívar (sudeste de Caracas), durante a instalação do Estado-Maior Elétrico da Região Sul.

O anúncio do prolongamento ocorreu depois de a Associação Venezuelana de Engenharia Elétrica (Aviem) advertir que são necessários sete anos para que o sistema elétrico do país volte a ter “a estabilidade que tinha há mais de uma década”.

“Durante muitos anos foram orçamentadas numerosas obras, mas nunca foram incorporadas fisicamente”, disse o diretor da Aviem, Rafael Rodríguez, ao diário El Universal.

Em 31 de março, entre protestos a nível nacional por falta de energia elétrica, gás e outros serviços básicos, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a ativação de um programa de racionamento elétrico durante um mês.

Um dia depois, demitiu o ministro da Energia Elétrica, o general Luís Motta Domínguez, e nomeou para o seu lugar o engenheiro Igor Gaviria.

O programa de racionamento, divulgado pela Corporação Elétrica Nacional da Venezuela (Corpoelec) prevê que o serviço seja contínuo durante 24 horas apenas dois dias por semana.

Lusa

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Lusa
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