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Nazi declara-se inocente, é condenado, mas sai em liberdade

Tribunal de Munique, na Alemanha, decreta libertação de um guarda nazi que participou na morte de 27 900 judeus, durante o Holocausto, num campo de concentração na Polónia. Os crimes foram dados como provados e John Demjanjuk acabou condenado. No entanto, não cumprirá a pena de cinco anos de prisão, devido à avançada idade. E vai recorrer da sentença.

Aos 91 anos, John Demjanjuk foi condenado pelo Tribunal de Munique, que considerou provados os crimes de participação na morte de quase 28 mil judeus, durante o Holocausto, num campo de concentração de Sobibor, na Polónia.

No entanto, o ex-guarda nazi não terá de cumprir a pena, em virtude da sua idade avançada. Com 91 anos, foi libertado pelas autoridades, apesar de ter ficado provado que participou nos crimes que lhe eram imputados.

John Demjanjuk – um dos últimos criminosos da Segunda Guerra Mundial – declarou-se inocente, mas de nada lhe valeram os seus argumentos, em termos de condenação. O juiz do Tribunal de Munique, Ralph Alt, apenas considerou que o condenado já não constitui qualquer perigo para a sociedade. Apesar de tudo, o advogado de defesa irá recorrer desta decisão.

O condenado é apátrida e está impedido sair de território alemão. O seu estado de saúde debilitado não o impediu, no entanto, de comparecer na sessão de um julgamento que dura há 18 meses.

Demjanjuk nasceu numa aldeia ucraniana, em 1920, e a sua formação foi marcada pelo regime soviético. Ingressou no Exército Vermelho, até que foi capturado pelas tropas nazis. A partir de então, passou a servir Hitler.

Segundo a defesa, foi obrigado a servir o regime nazi, sob pena de ser condenado à morte, tal como três milhões de prisioneiros soviéticos. O cartão das SS foi, no entanto, uma das provas mais consideradas pelo juiz: a defesa defendia que era falsificado, mas a acusação provou o contrário.

Chegou a ser conhecido como ‘Ivan – o Terrível’, porque era um guarda excessivamente cruel com os prisioneiros judeus. Foi extraditado dos EUA e condenado à morte, em Israel, para onde fora extraditado. Foi novamente extraditado para a Alemanha, a pedido, para que fosse julgado por participar no genocídio. Acabou julgado, condenado, libertado e vai recorrer da sentença.

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