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Mulheres mais atentas a problemas com implantes mamários após o caso PIP

As mulheres estão mais atentas aos problemas que podem surgir após o recurso aos implantes. A convicção é comum entre os cirurgiões e tem como origem a recente polémica que envolveu a troca dos implantes mamários da marca PIP.

Uma ideia começa a ser comum aos médicos responsáveis por operações que envolvem próteses: a polémica com os implantes mamários da marca PIP aumentou a consciencialização das mulheres para os problemas que possam surgir após as intervenções cirúrgicas. Esta convicção foi sublinhada pela própria Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética (SPCPRE), que reuniu com a comunicação social para uma atualização da situação.

“Este susto” com as próteses da PIP “teve um lado positivo, pois apesar das mulheres com implantes serem muito discretas recorrem com mais frequência ao médico, seja pessoalmente, seja por telefone ou por email”, revelou o diretor do serviço de cirurgia plástica e reconstrutiva do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, José Rosa de Almeida.

O aumento da frequência com que as mulheres com próteses recorrem aos especialistas para obter informações tem sido registado a nível geral. Para que a resposta seja o mais precisa possível, o chefe de serviço de cirurgia plástica e unidade de queimados do Hospital de São José (Lisboa), José Videira e Castro, aconselha todas as utentes a ter o ‘bilhete de identidade’ do implante, um cartão com toda a informação importante sobre a prótese: “o mais frequente é a mulher não saber onde está esse cartão e procurar saber junto do médico se o implante que recebeu deve suscitar alguma preocupação”.

Os pedidos de informação e aconselhamento têm sido feitos numa base diária, de acordo com a SPCPRE. Apesar do aumento da preocupação, os especialistas têm procurado tranquilizar as utentes quanto à qualidade das próteses atuais, salientando que “todos os implantes mamários comercializados em Portugal são seguros e têm qualidade, passando por aprovações rigorosas com padrões internacionais”.

O caso dos implantes da PIP foi diferente, uma vez que a marca francesa usava silicone não autorizado para fins médicos, estando agora sob a “vigilância apertada” das autoridades. Em Portugal, segundo o presidente da SPCPRE, Francisco Ribeiro de Carvalho, há 2000 mulheres com implantes PIP, sendo previsível que 20 a 25 por cento das 4000 próteses colocadas venham a dar problemas “a curto prazo”.

Até ao momento, o Infarmed registou incidentes com 14 implantes mamários PIP em 11 mulheres, metade dos quais só este ano. Segundo este regulador, o número de mulheres com implantes mamários em Portugal supera os 60 mil.

Para evitar situações graves, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) garante a remoção das próteses que tenham sido colocados no próprio SNS e sempre que a razão da prótese seja a ablação da mama por doença: implantes por motivos estéticos não são qualificáveis. Se as próteses tiverem sido implantadas fora do SNS, o custo da substituição ronda entre os 4500 e os 6000 euros.

 

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