Na primeira reação ao ato de vandalismo, Bruno de Carvalho disserta sobre as claques, critica o IPDJ, fala de um “ato criminoso” e diz que está em “choque”. Mas relativiza: “Temos de nos habituar que o crime faz parte do dia a dia”. O presidente do Sporting garante que o clube vai estar no Jamor. “Muita gente não queria”, dispara, em declarações na Sporting TV.
Bruno de Carvalho igual a si próprio, com um discurso egocêntrico, pouco preocupado com os jogadores e a criticar os comentadores. O presidente esteve ao ataque e usou expressões como “foi chato”, referindo-se ao mesmo episódio que Bas Dost classifica de “dramático”.
Entre esses exercícios inócuos, o dirigente condenou a violência e garantiu que vai estar atento “a quem praticou estes atos”.
“No caso de serem associados do clube, iremos agir em conformidade. É um dia triste, um caso triste, mas um caso de polícia”, assegurou.
Mas a sensibilidade de Bruno de Carvalho fica-se por aqui. “Foi chato”, afirmou.
“A partir daqui é chover no molhado. Acompanhei de perto no que podia. Estive a dar o meu apoio e solidariedade àqueles que são também a minha família”.
O dirigente relativizou o incidente. Uma e duas vezes.
“Foi chato ver os familiares dos jogadores ligarem, preocupados. Amanhã é um novo dia. Temos de nos habituar que o crime faz parte do dia a dia”, concluiu, no epílogo de uma reação estranha.
Bruno de Carvalho surpreende, apesar de tudo. Surpreende porque a dimensão do problema exigiria que não fosse igual a si próprio. Exigiria que deixasse o seu ego e enviasse um abraço solidário aos jogadores, treinador e outros profissionais do clube.
E não o fez.
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