Nas Notícias

Mudança da embaixada dos EUA é uma decisão “sem visão”, segundo Moscovo

A Rússia criticou hoje a decisão do Presidente dos Estados Unidos de transferir a embaixada norte-americana para Jerusalém, afirmando tratar-se de uma medida “sem visão” que irá alimentar ainda mais as tensões entre Israel e os palestinianos.

A declaração foi feita pelo ‘número dois’ da diplomacia russa, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, em declarações à agência noticiosa russa Interfax.

A embaixada dos Estados Unidos em território israelita é hoje aberta oficialmente em Jerusalém, depois de Donald Trump ter anunciado, a 06 de dezembro do ano passado, que Washington reconhecia a cidade como capital de Israel.

Na mesma ocasião, o chefe de Estado anunciava a transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém, contrariando a posição da ONU e dos países europeus, árabes e muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de décadas.

À Interfax, o vice-ministro russo reforçou que a decisão da administração Trump “vai contra a posição da maioria da comunidade internacional”.

O representante da diplomacia russa culpou ainda os Estados Unidos pela “grave escalada em torno de Gaza”, advertindo que a transferência da embaixada norte-americana “poderá desencadear confrontos em grande escala entre palestinianos e israelitas e provocar um número crescente de vítimas”.

Este aviso de Moscovo surge numa altura em que já estão contabilizados mais de 15 mortos e várias centenas de feridos em violentos confrontos registados hoje junto à fronteira com Gaza, onde milhares de pessoas se manifestam contra a transferência da embaixada norte-americana.

Apesar da ausência de Donald Trump, a abertura da embaixada norte-americana em Jerusalém vai ser acompanhada no local por uma importante delegação de Washington, onde se destaca a presença da filha e do genro do Presidente Ivanka Trump e Jared Kushner, ambos conselheiros do governante norte-americano, e do secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

A questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.

Israel ocupa Jerusalém oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.

Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.

Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 17 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias

Células estaminais: perspetivas terapêuticas promissoras nas doenças inflamatórias

View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…

há % dias

16 de maio, Junko Tabei torna-se na primeira mulher a chegar ao topo do Everest

A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…

há % dias