A agência de notação financeira Moody’s melhorou hoje a Perspetiva de Evolução da economia de Moçambique, mantendo, no entanto, o país em incumprimento financeiro (‘default’) no seguimento da crise da dívida oculta, descoberta em 2016.
“A decisão reflete principalmente a expectativa da Moody’s de que a reestruturação dos títulos de dívida pública, atualmente em negociações, vá impor perdas financeiras aos credores, o que é consistente com um ‘rating’ de Caa3”, lê-se na nota que acompanha a divulgação da decisão.
“A Perspetiva de Evolução [‘Outlook’, no original em inglês] reflete a avaliação da Moody’s de que os riscos sobre as eventuais perdas dos credores que detêm títulos de dívida pública atualmente em ‘default’ são equilibrados, com as perdas de 20 a 35 por cento consistentes com um ‘rating’ de Caa3”, lê-se ainda no texto.
Para a Moody’s, “mesmo que as negociações não cheguem a bom termo, as derradeiras perdas ficariam provavelmente entre os 20 e os 35 por cento”.
Por outro lado, se os investidores rejeitarem a proposta preliminar que foi anunciada no princípio de novembro, “é improvável que sofram perdas significativamente maiores do que os 35 por cento numa negociação subsequente”.
A Moody’s afirma que, “ao mesmo tempo, o derradeiro objetivo de Moçambique é conseguir um programa de financiamento do Fundo Monetário internacional, o que é um incentivo a que atinja uma redução significativa no peso da dívida, sugerindo que, em última análise, as perdas [para os credores] de menos de 20 por cento são improváveis”.
Uma das razões da incerteza é a investigação judicial que decorre sobre as dívidas ocultas, que levou à detenção de vários alegados intervenientes, entre os quais o antigo ministro das Finanças Manuel Chang e três banqueiros do Credit Suisse envolvidos nos empréstimos, para além do empresário libanês gestor da Privinvest.
Na quinta-feira, as autoridades moçambicanas detiveram cinco arguidos, incluindo António do Rosário, administrador-delegado das empresas públicas que deviam ter recebido 2,2 mil milhões de dólares.
Para além de Rosário, também Gregório Leão, ex-diretor do SISE, Bruno Tandade, operativo daquele serviço de informações, Inês Moiane, secretária pessoal de Armando Guebuza – Presidente da República quando o Estado avalizou secretamente os empréstimos -, e Teófilo Nhangumele, alegado promotor junto de Moçambique da ideia de criar as empresas e contratar o financiamento, foram detidos.
Na sexta-feira, o tribunal de Joanesburgo negou o pedido de fiança do antigo ministro das Finanças Manuel Chango, que continuará, assim, em prisão preventiva na África do Sul.
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