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“Monstruosidade” do processo movido pelo BdP “começou a ser demonstrada”

O presidente da Associação Mutualista Montepio disse hoje, em Santarém, que a “monstruosidade” do processo em que foi condenado pelo Banco de Portugal ao pagamento de 1,25 milhões de euros “começou a ser demonstrada”.

Tomás Correia falava no final da audiência que decorreu hoje no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, na qual foi determinada a nulidade da nota de ilicitude emitida pelo Banco de Portugal (BdP), que condenou a Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Económica Bancária, S.A e oito ex-administradores ao pagamento de coimas no valor total de 4,9 milhões de euros, e a devolução do processo ao supervisor.

Tomás Correia disse à Lusa estar “satisfeito” com a decisão, que “naturalmente esperava”, na qual foi reconhecida a violação do direito de defesa na fase administrativa do processo.

“Já disse em algumas circunstâncias que aquela fase em que o processo decorreu no Banco de Portugal se deveu apenas a uma fase que classifiquei, e continuo a classificar, como a fase do arbítrio. Felizmente, e como é próprio de uma sociedade civilizada, como é a nossa, entrámos na fase da justiça e a justiça está a fazer-se e vai fazer-se, não tenho dúvida nenhuma”, declarou.

Para o ex-presidente da Caixa Económica Montepio, “este processo é uma monstruosidade e a monstruosidade começou a ser demonstrada”.

Tomás Correia afirmou que o BdP não quis que os arguidos exercessem o direito de defesa, tendo-se “convencido que podia fazer tudo e mais alguma coisa” e que ficariam “silenciosos a ser vítimas de uma arbitrariedade”.

“Fizemos aquilo que era o nosso dever, lutar pela nossa honra, lutar pelo nosso profissionalismo, lutar pela nossa grande instituição. No fundo, lutar pela justiça e ela está a ser feita”, acrescentou.

Tomás Correia foi presidente entre 2008 e 2015 do banco Caixa Económica Montepio Geral (atual Banco Montepio) e também da Associação Mutualista Montepio Geral.

Desde 2015, depois de o Banco de Portugal ter forçado a separação da gestão das duas entidades, ficou apenas à frente da mutualista. Em janeiro último, após ter vencido as eleições, foi reconduzido para mais um mandato de três anos.

Luís Bigotte Chorão, advogado do BdP, disse à Lusa que vai transmitir à administração do banco a decisão do juiz Sérgio Sousa, que ouviu “com toda a atenção”, sendo que a sua recomendação será no sentido da apresentação de recurso.

Lusa

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Lusa
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