O ministro do Interior italiano acusou hoje a Organização Não Governamental (ONG) alemã Sea Watch de usar como arma de “batalha política” os 47 imigrantes restagatos pelo seu navio no Mediterrâneo, que aguardam um porto que os acolha.
Matteo Salvini, que lidera o partido de extrema direita Liga, recusa-se a deixar que um porto italiano acolha o navio, alegando ter “elementos concretos para afirmar que o comandante e a tripulação da Sea Watch desobedeceram a instruções” para se dirigirem a um porto próximo, “que não é em Itália”.
O navio está a menos de duas milhas marítimas da costa de Siracusa, no sul da ilha da Sicília, depois de ter salvado os imigrantes no dia 19. Durante uma semana esteve em águas internacionais, mas devido ao estado do mar, Itália deixou que entrasse nas suas águas territoriais.
Políticos, agentes da Justiça e da Igreja Católica já pediram ao Governo que deixe desembarcar os imigrantes, entre os quais há 13 menores de idade.
Hoje, três deputados italianos do partido Mais Europa subiram a bordo do navio, apesar de uma proibição expressa do Governo, para verificarem as condições em que estão os imigrantes e exigirem que estes fossem imediatamente desembracados.
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