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Milhares voltam às ruas da capital da Argélia pedindo saída do presidente

Milhares de argelinos voltaram hoje às ruas da capital, Argel, pedindo uma vez mais a saída do presidente Abdelaziz Bouteflika, que reafirmou na segunda-feira que pretende continuar no poder.

Estudantes, mas também professores universitários, médicos e enfermeiros manifestam-se no centro de Argel, no dia em que se assinala o 57.º aniversário do final da guerra de independência da Argélia.

“19 março 1962: fim da guerra da Argélia, 19 março 2019: início da mudança do sistema”, indica um cartaz transportado pelos manifestantes, numa referência à entrada em vigor há 57 anos, um dia depois da assinatura dos acordos de Evian, do cessar-fogo que acabou com a guerra da independência do país (1954-1962) contra a potência colonial francesa.

Face a uma contestação inédita desde a sua eleição para a chefia do Estado há 20 anos, Bouteflika renunciou a 11 de março a disputar um quinto mandato, mas prolongou o atual mandato ao adiar as presidenciais ‘sine die’.

As eleições devem realizar-se depois de uma conferência nacional encarregada de reformar o país e elaborar uma nova Constituição.

A decisão foi maioritariamente rejeitada na rua na sexta-feira, a quarta consecutiva em que uma multidão se manifestou em todo o país, exigindo a saída do poder de Bouteflika, a sua equipa e o “sistema”, segundo a agência France Presse.

Na segunda-feira à noite, no entanto, o presidente argelino reiterou numa mensagem a sua vontade de entregar o poder a um sucessor eleito nas próximas presidenciais, depois de expirar o seu mandato, a 28 de abril.

“Estamos aqui como movimento popular para exigir o fim deste sistema. Dado que as coisas não mudam, ficaremos na rua pacificamente” o tempo que for preciso, disse à agência noticiosa espanhola EFE Ali Harfush, professor de Física na Universidade de Argel.

“Mobilizámo-nos para expressar a nossa rejeição ao que é na realidade o prolongamento do quarto mandato. Não queremos que este poder se mantenha. Demos a nossa palavra. Não é não. Eles devem sair”, declarou um estudante da mesma universidade.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Argélia

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