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Migrações: Grécia volta a pedir à UE “partilha mais justa do fardo”

O Governo da Grécia disse-se hoje “profundamente preocupado” com o aumento das chegadas de migrantes registado nas últimas semanas e voltou a pedir à Comissão Europeia “uma partilha mais justa do fardo”.

“Desde 07 de julho não houve um único dia sem chegadas”, afirmou o ministro-adjunto para a Proteção dos Cidadãos, Georges Koumoutsakos, numa entrevista ao jornal Khathimerini.

Atualmente, nas cinco ilhas do Mar Egeu mais próximas da Turquia – Lesbos, Samos, Chios, Kos e Leros – o número de migrantes “ultrapassou os 20.000, o que corresponde a um aumento de 17 por cento em poucas semanas”, frisou o responsável pela política migratória do novo governo conservador.

O aumento é especialmente acentuado em Lesbos, principal porta de entrada durante a crise migratória de 2015, prosseguiu, precisando que só na última sexta-feira chegaram à ilha seis embarcações com cerca de 250 migrantes cada uma.

Koumoutsakos disse que foi identificado um novo “corredor” dos traficantes entre a ilha grega de Samotrácia, no norte do Egeu, e a cidade de Alexandropólis, no noroeste da Grécia continental, perto da fronteira com a Turquia.

O ministro sublinhou que a Grécia se confronta com “uma equação muito difícil”, sendo “um país na linha da frente, que é uma fronteira externa da União Europeia”.

A Grécia “esgotou as suas capacidades nesse plano [e] espera com impaciência uma cooperação eficaz entre a Comissão Europeia e os Estados-membros”, disse, exigindo, noutro passo, “uma aplicação eficaz do acordo UE-Turquia”, concluído em 2016 para limitar as travessias do Mar Egeu.

Koumoutsakos congratulou-se com declarações da próxima presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, no sentido de colocar “a questão migratória na sua lista de prioridades” e de melhor repartir os esforços na UE, e disse esperar um acordo em breve para uma reforma da política de asilo “baseada numa solidariedade concreta e autêntica”.

“Até lá, a Grécia tem pressa em ver a aplicação de mecanismos europeus de transição, uma partilha mais justa do fardo e uma política mais eficaz de retorno para países terceiros”, disse.

“Houve mais pedidos de asilo em Lesbos e Samos em 2018 que na Áustria e na Finlândia”, apontou.

Segundo a Organização Internacional das Migrações (OIM), entre 01 de janeiro e 04 de agosto de 2019 mais de 39.000 migrantes e refugiados chegaram à Europa através do Mar Mediterrâneo, cerca de 34 por cento menos que em igual período de 2018.

Daquele total, o maior número de pessoas chegou à Grécia (18.947), seguindo-se a Espanha (13.568), Itália (3.950), Malta (1.583) e Chipre (1.241).

Lusa

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