Investigadores traçam perfil genético do mieloma múltiplo, o segundo cancro de sangue mais frequente em Portugal, apenas superado pela leucemia. Pesquisa foi publicada na revista Nature.
Genes que os investigadores pensavam não ter qualquer relação com as doenças cancerosas são, afinal, responsáveis pelo mieloma múltiplo, cancro que regista 400 novos casos por ano em Portugal e que tem, em média, uma taxa de sobrevivência superior a seis anos em 60 por cento dos pacientes.
Esta descoberta não se assume como uma conclusão de um estudo, mas como o primeiro passo para uma investigação que pode resultar na criação de fármacos, capazes de evitar a doença.
Todd Goulb, coordenador da pesquisa e responsável pelo Broad’s Cancer Program, nos Estados Unidos, indica que “será necessária muita pesquisa, no sentido de verificar se aqueles genes podem ser controlados com medicamentos”.
O mieloma múltiplo tem origem na medula óssea, quando células do sangue se tornam malignas e se multiplicam, ‘dominando’ o plasma, ao ponto de afetarem o próprio osso.
Este cancro pode desenvolver-se sem revelar sintomas durante vários anos. E esses sintomas surgem já depois de uma evolução prolongada da doença.
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