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Mestrado Integrado de Medicina em Aveiro “não satisfaz os requisitos necessários” e pode acabar

O Mestrado Integrado de Medicina da Universidade de Aveiro não foi homologado porque “não satisfaz os requisitos necessários” em vários critérios. O reitor acusa o ICBAS de “não honrar o compromisso” e admite que, sem um novo parceiro, o curso pode acabar.

O Mestrado Integrado de Medicina (MIM) da Universidade de Aveiro (UA) pode acabar após um ano de existência. A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) não homologou o curso constituído pela UA e pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto, e os 38 alunos têm o futuro académico em risco.

O relatório da A3ES salienta que “o corpo docente da UA é insuficiente para assegurar a implementação e o desenvolvimento do plano de estudos e conteúdos, não tendo sido garantido o empenhamento do ICBAS na participação neste projeto, considerada essencial desde o início do mesmo”.

Este é o mais grave de um conjunto de situações que, para a agência responsável pela certificação dos cursos de ensino superior público e privado, justificação a não homologação do MIM: “o programa não satisfaz os requisitos necessários para um programa médico no que respeita a vários critérios essenciais: empenhamento das instituições, recursos humanos e qualidade do programa”.

Se a A3ES aponta o dedo ao IBCAS, o reitor da UA repete o gesto, acusando o parceiro de consórcio de falhar o “compromisso ao mais alto nível” acordado entre as partes. “O ICBAS, mais expressamente o seu diretor, não honrou esse compromisso”, garantiu Manuel Assunção, citado pelo Público, argumentando que a UA tudo fez “para que este projeto fosse um sucesso”.

Para garantir que o MIM venha a ser homologado a breve prazo, até para “salvaguardar os melhores interesses” dos alunos, o reitor assegura que a UA está já à procura de outro parceiro. “Este casamento com o ICBAS acabou. Teve o seu tempo. Já estamos à procura de outro consórcio”, desabafou.

Em defesa do ICBAS, o diretor assegura que foi a UA quem procurou aproveitar-se do parceiro no consórcio. António Sousa Pereira lembra que o relatório da A3ES refere a escassez do corpo docente, mas, “ainda assim, a UA decidiu levar o curso avante, esperando que o ICBAS desse cobertura”.

“Uma parceria exige o cumprimento das duas partes. Excedemos bastante a parte que nos era exigida. Tínhamos de assegurar metade do curso e fizemos mais do que isso”, garantiu o diretor do ICBAS.

O MIM é dirigida a alunos licenciados e tem uma duração inferior ao mestrado “tradicional”: quatro em vez de seis anos. Um curso semelhante está em vigor na Universidade do Algarve.

Redação

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