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Medo da cirurgia à coluna mantém doentes afastados do tratamento

O medo da operação à coluna continua a distanciar os doentes do tratamento e a influenciar a sua qualidade de vida. O alerta é da campanha ‘Olhe Pelas Suas Costas’, que pretende esclarecer os portugueses a propósito dos mitos sobre a cirurgia da coluna, reforçando a importância desta no regresso à vida ativa e na melhoria da mobilidade e funcionalidade dos doentes.

 “Atualmente dispomos de técnicas cirúrgicas que acarretam um risco reduzido de complicações e que podem devolver aos doentes a sua qualidade de vida. O problema é que, muitas vezes, as pessoas evitam estas cirurgias porque desconhecem a realidade destes procedimentos”, alerta Paulo Pereira, coordenador nacional da campanha ‘Olhe Pelas Suas Costas’.

O médico explica que “as técnicas disponíveis, nomeadamente as minimamente invasivas, distanciam-se bastante do conceito convencional – e enraizado em grande parte da população – sobre cirurgia da coluna e apresentam diversos benefícios para o doente, nomeadamente, menos dor no pós-operatório, menor tempo de internamento e um regresso mais rápido à vida ativa”.

Entre as patologias que mais frequentemente necessitam de intervenção cirúrgica estão as hérnias discais, mais comuns entre os 30 e os 50 anos de idade, e a estenose lombar, que afeta cerca de 20 por cento da população com mais de 65 anos.

“É frequente encontrarmos doentes que recusam sistematicamente a cirurgia, agravando o seu estado de saúde e perdendo, à medida que o tempo passa, a capacidade para realizar tarefas anteriormente consideradas simples e é preciso esclarecer estes doentes. Importa que saibam que a cirurgia da coluna é hoje diferente do que era há décadas atrás, com menor risco de complicações e maior previsibilidade em termos de resultados favoráveis”, reforça Paulo Pereira.

“Isto não significa, naturalmente, que seja uma solução para todos os doentes, nem sequer para a maioria. O que pretendo realçar é que, quando a cirurgia está indicada e é realizada por um cirurgião experiente, a probabilidade de melhorar de forma significativa a qualidade de vida do doente é, em regra, muito superior à de conduzir a um mau resultado”, conclui o neurocirurgião.

As dores nas costas são a principal causa de consultas médicas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

As doenças que afetam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física.

Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho por ano por este motivo.

Redação

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Etiquetas: Estudo Saúdehome

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