Um médico é suspeito de burla por ter assinado 60 atestados eletrónicos para a obtenção da carta de condução.
O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins, diz que os casos “serão agora avaliados pelo grupo de apoio à fraude do Ministério da Saúde”.
Em média, um médico costuma passar dois atestados por dia, daí que este clínico tenha chamado a atenção.
“A média de uma consulta com emissão de atestado e uma sem emissão de atestado varia dois minutos, o que não é significativo para um médico de família que, no máximo, passe dois atestados por dia”.
As entidades responsáveis vão agora analisar a situação.
“É uma análise ainda muito preliminar que nos permite perceber que há aqui padrões de passagem de atestados que merecem uma investigação mais aprofundada”, diz Henrique Martins, em declarações à Lusa, admitindo que agora é mais simples se realizar uma “auditoria clínica”.
Henrique Martins explica ainda que “mais de 120 mil pessoas [123.608] beneficiaram deste serviço eletrónico, poupando assim estas deslocações”.
E só vê vantagens: “Ao mesmo tempo que ficamos com uma base de dados que nos permite identificar situações de risco e acompanhar a emissão dos atestados”.
Esta iniciativa dos atestados eletrónicos começou a 14 de março e a 15 de maio tornou-se obrigatória.
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