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Marrocos: Pedófilo espanhol é perdoado, mas protestos obrigam o Rei a anular a “negligência”

Numa decisão de “caráter excecional”, o Rei de Marrocos perdou a pena de 30 anos de prisão a um pedófilo. Os protestos que se seguiram surpreenderam o chefe de Estado, que lamentou a “lamentável libertação” do homem, revogou o perdão e abriu um inquérito para apurar a “negligência”.

O perdão a um pedófilo espanhol está a agitar Marrocos. Tudo porque o Rei Mohamed VI concedeu um indulto a Daniel Galván Viña sem, alegadamente, saber que o homem havia sido condenado a 30 anos de prisão por violação e filmagem de 11 crianças. O indulto fez rebentar uma série de protestos, levando o chefe de Estado a revogar a decisão.

Em comunicado, o Palácio Real adianta que Mohamed VI “decidiu retirar o perdão anteriormente concedido a Daniel Galván Viña”, sendo uma decisão de “caráter excecional”. Será o único não-indultado de uma lista de 48 presos, todos de nacionalidade espanhola, a quem o monarca concedera o perdão.

A inclusão de um pedófilo entre os indultados fez estalar a polémica, surgindo vários protestos e sendo um deles reprimido com alguma violência pela polícia, na sexta-feira. No dia seguinte, Mohamed VI leu um comunicado onde referia tratar-se de um caso de “negligência”, garantindo que nunca indultaria um pedófilo condenado dada a gravidade dos crimes.

No mesmo texto, o Rei prometeu abrir um inquérito para “determinar as responsabilidade e as falhas” que transformaram a “negligência” numa “lamentável libertação”: sendo de nacionalidade espanhola, Viña já terá deixado Marrocos, o que complicar o revogar do perdão.

Mohamed VI “nunca informado, em nenhum momento, da gravidade dos crimes abjectos pelos quais foi condenado” Daniel Galván Viña, reforça o mesmo documento: “é evidente que nunca o soberano teria consentido que pudesse interromper o cumprimento da pena”. Agora, o Palácio Real quer “identificar o ou os responsáveis desta negligência para que sejam adoptadas as necessárias sanções”.

Daniel Galván Viña, libertado no sábado, tem 64 anos e estava preso na cadeia de Kenitra depois de ter sido condenado, em 2011, pela violação e filmagem de 11 crianças (com idades entre os 4 e os 15 anos).

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